Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ao lado norte da igreja, perpendicularmente a ela, e com a frontaria para o terreiro, foi construída no fim do século XIX, uma pequena capela, em substituição de uma anterior, isolada, e que marcava o local da antiga casa do capítulo conventual, sítio que a tradição dava como sendo o da cela de Santo António.
Capela neogótica dos finais do século XIX
Imita o género gótico do século XIII e foi construída a expensas de um particular sob desenho de António Augusto Gonçalves. O retábulo, de madeira entalhada, pertencia à igreja de S. João de Almedina. A imagem do Espírito Santo, em madeira colorida e apresentado na forma tradicional da Trindade, pertencia à capela do mesmo titular, que ficava próxima. Pode ver-se um alizar de azulejos sevilhanos de aresta, datáveis do século XVI, que se encontravam a decorar o claustro do desaparecido convento.
O terreiro posterior à capela-mor, local onde existiram os edifícios conventuais, guarda a cisterna com o respetivo bocal quadrado, mas restaurado.
No lado oposto existem construções modernizadas, vendo-se ao meio, a servir de tribunal da Tutoria de Menores, a fachada de uma antiga capela do século XVI, com alpendre de seis colunas e formando, na frente, três vãos. A parede está ainda revestida de azulejos da segunda metade do século XVIII, de fabrico coimbrão, com as cenas da “Anunciação” e da “Visitação” a ladearem a porta; por baixo desenvolvem-se bancos com rodapé de azulejos sevilhanos, de aresta, datados do século XVI. Na parte que fica acima dos telhados do alpendre, existem azulejos ornamentais do século XVIII. O interior, do século XVII, conserva a abóbada em berço de tijolo, duas frestas e duas pequenas credencias embutidas nas paredes, revestidas de azulejos policromos e de tipo reticulados, de Lisboa, e datados do século XVII.
Encostada ao muro do mesmo terreiro, para o lado da estrada dos Tovins, fica a capela do Presépio, de elementos arquitetónicos do século XVII, abrigando um “presépio” popular, de algumas dezenas de figuras, e que devem datar já dos finais do século XVIII ou até mesmo dos primórdios do XIX. Dado o seu carácter popular, é digno de consideração.
Há espalhados alguns fragmentos antigos. Acima da rampa que vem da estrada dos Tovins, crava-se no chão um marco, que é parte de um fuste manuelino, de três colunetos torcidos. Na base da esquina da capela da Deposição, vê-se uma pedra de coluna, do século XII, do período afonsino e que tem marcada um E.
O templo, esse “santuário dos altos”, mesmo com as alterações urbanísticas que foram alterando o seu envolvimento, continua a dominar uma cidade que, com frequência, se deslembra do santo que aqui viveu e que aqui se formou. Mas os poetas, mesmo utilizando o ar brejeiro que frequentemente envolve o seu culto, continuam a não o olvidar
Santo António me acenou
De cima do seu altar.
Olha o maroto do santo
Que também quer namorar!
(Afonso Lopes Vieira)
Anacleto, R. 2005. Santo António dos Olivais: De Ermitério a Freguesia. Conferência na cerimónia comemorativa do aniversário da criação da freguesia.
O átrio, retangular, corresponde ao coro alto e, relativamente à frontaria anterior aos frades, resulta num avanço. De cada lado podem observar-se portas retangulares, fechadas por grades, saídas da forja de Daniel Rodrigues, em 1941.
Pormenor de uma das grades existentes no átrio da igreja de Santo António dos Olivais. Daniel Rodrigues
A da direita (a de Nossa Senhora da Conceição), dá para uma capela de plano octogonal, a funcionar atualmente como sacristia, e mostra a última cena do escadório, isto é, a lamentação de “Cristo deposto da Cruz” ...O portão da esquerda cerrava a capela do Senhor dos Passos, com a sua imagem. Atualmente alberga apenas um Crucifixo.
As paredes do átrio encontram-se envolvidas por um alizar de azulejos, de motivos independentes, mas de qualidade superior aos do escadório e, no teto, pode ver-se um escudo com as armas franciscanas.
Acede-se à nave da igreja através de uma porta da segunda metade do século XV, ainda com impostas, mas já sem capitéis.
Igreja de Santo António dos Olivais. Interior
Sobre o átrio fica o coro, mostrando um insignificante cadeiral do século XVIII.
O interior da igreja é muito simples e cobre a nave uma abóbada de tijolo, de traçado rebaixado e de lunetos.
Os retábulos são de talha dourada, do primeiro terço do século XVIII, tendo o da capela-mor colunas torcidas e os colaterais ao arco cruzeiro, hermes femininos. As mesas de altar são posteriores.
No altar-mor encontra-se uma grande tela representando a Senhora da Conceição. Está assinada: PASCVAL PARENTE PINXIT. 1779.
No mesmo altar podem ver-se duas esculturas em madeira, uma, de S. Francisco, da época do retábulo e a outra, de S. João Baptista e do mesmo século; num nicho da parede encontra-se um Cristo Flagelado. Estas esculturas são obras secundárias. Os retábulos laterais apresentam Santo António no lado do evangelho e S. José no da epístola. Estamos perante obras agradáveis mas inferiores.
O interesse da igreja reside nos azulejos que revestem a maior parte da parede. Os da capela-mor, que a forram inteiramente, são do fim do século XVII, só a azul, em dois motivos, um de composição de folhas acantiformes e outro de entrelaces quadrifoliados com rosetas centrais.
Os azulejos do corpo da igreja pertencem à primeira metade do século XVIII, tendo muito interesse pelo grande desenvolvimento de composição dos enquadramentos; são, no entanto, fracos nas figuras. Representam cenas da vida de Santo António, com a seguinte distribuição: do lado do evangelho, começando a partir da porta: cura de um frade possesso, o santo livra o pai da forca, uma tomada de hábito e milagre da mula; do lado da epístola: pregação aos peixes, milagre do pé cortado, aparecimento de S. Francisco no capítulo de Arles e morte do santo. A reparar umas falhas azulejares, principalmente junto ao chão, foram colocadas peças cerâmicas de diversas épocas, com realce para alguns, sevilhanos de aresta, datáveis do século XVI.
No corredor de acesso à sacristia existem algumas telas dos séculos XVII ao XIX, mas sem interesse. Existe, num pequeno altar improvisado, uma escultura de S. Brás, de pedra e de tamanho pequeno, do fim do século XV e um santo franciscano, de barro, pintado a preto, datado do século XVII, a que chamam S. Benedito.
Devido ao avanço do altar ficou na parte traseira da capela-mor um espaço que se pode considerar um estreito corredor a ligar com a sacristia. Encontra-se aí, suspensa, uma caixa relicário, do século XVII, em acharoado e madrepérola, que tem dentro uma caveira. Trata-se de um exemplar interessante, embora esteja em mau estado.
A sacristia imita muito uma pequena igreja, com capela-mor e brevíssima sacristia. A arquitetura é da primeira metade do século XVIII e a decoração foi completada na segunda metade.
Sacristia da igreja de Santo António dos Olivais. Interior
Os azulejos das duas quadras datam da primeira metade desse século; são do mesmo tipo dos da igreja e apresentam também cenas antoninas. A pintura do teto consiste em enrolamentos de acanto, vendo-se ao centro um brasão eclesiástico, pouco legível. São da segunda metade o arco e os espaldares de talha lavrada e dourada, com seis telas da vida antonina, possivelmente de Pascoal Parente. Há três esculturas de barro, do século XVIII, sendo a que representa Santo Antão de certo mérito. Assentam nas mísulas da abóbada doze meios corpos de santos relicários, da segunda metade do século XVIII.
A quadra que faz de capela-mor tem altar da mesma época e uma tela representando Santo António a tomar o hábito franciscano. Está assinada: PASCOAL PARENTE/O PINTO NO ANO DE/1796. A abóbada é a fresco, com motivos arquitetónicos perspetivados e deve ser do mesmo artista. Sobre a porta da sacristia encontra-se um espelho com regular moldura, também da segunda metade do século XVIII.
Anacleto, R. 2005. Santo António dos Olivais: De Ermitério a Freguesia. Conferência na cerimónia comemorativa do aniversário da criação da freguesia.
A capela ficou novamente só, com o seu ermitão, naturalmente um pobre homem que tinha a chave, como outrora acontecia em qualquer capela de perdida aldeia.
Mas, na cidade, os acontecimentos que rodeavam a vida de António, o franciscano, colhiam eco e, quando foi conhecida a notícia da sua morte, dada a aura apoteótica que o envolvia, esperava-se uma glorificação rápida, acontecida logo no ano seguinte, em 1232.
Sto. António cónego regrante. Início séc. XIX
O Santo, em Coimbra, tinha vivido em dois lugares: o abacial mosteiro de Santa Cruz e o ermitério de Santo António dos Olivais, onde então ainda permaneciam os frades; na igreja crúzia, a primeira capela da esquerda, passou a ostentá-lo por orago e nos Olivais, o próprio oratório conventual mudou de “dono”: de Santo Anton, o ermita, transmutou-se em Santo António, o pregador.
Contudo, em Coimbra, a capela dos Olivais constituiu-se sempre como o principal santuário antoniano ... A capelita ... deve ter continuado na posse do cabido, que, nos fins do século XV, em virtude do incremento do culto aí praticado, a mandou reformar e ampliar. Ficou com a área que atualmente ocupa, exceção feita à capela-mor que, no século XVIII sofre ligeiro aumento.
Em 12 de Maio de 1536 o cabido catedralício passou alvará de pagamento de 1.800 réis, a João de Ruão, pela cruz de Santo António que se encontrava albergada num pequeno alpendre, aberto por todos os lados. A estrutura, que apenas no século XVIII, aquando da aposição dos azulejos, temáticos... deve ter assumido a configuração atual, ocupava ... uma posição topográfica comum aos cruzeiros, pois erguia-se na confluência da estrada do Tovim com a Calçada do Gato, justamente nas proximidades do santuário antonino, então ainda pertença do cabido da sé.
Cruzeiro do Senhor Santo Cristo já transformado em capela
O templete do Santo Cristo, quadrangular, apresenta nas esquinas, assentes sobre um embasamento, pilares dóricos lisos, com exceção dos da fachada principal que ostentam finos lavores renascentistas relacionados com a temática da paixão; decoram o friso enrolamentos em forma de S e cobre-o um coruchéu quadrado, revestido com tijolos de orelha, vidrados a verde e melado.
No interior destaca-se a imagem de Cristo crucificado, saída do cinzel de Ruão, com a data de 1536 gravada no pé ... a construção do templete do Santo Cristo se pode considerar como marco do final da primeira fase, ou seja, o período de ermitério.
Em 1540 ... o olival, a horta e as ofertas feitas à casa de Santo António, bem como o conjunto ermítico, transitaram do cabido para os franciscanos capuchos da província da Piedade e, anos depois, em 1763, como resultado de uma nova divisão de províncias levada a cabo pela ordem franciscana, fica adstrito à da Soledade.
Veio dos frades o aspeto pitoresco que o sítio apresenta e também deles ficou o conjunto construtivo, pois conservaram a mesma igreja e construíram a residência conventual ... contudo, na primeira metade de Setecentos, prolongando-se até ao final da centúria, levaram a cabo obras de envergadura que passaram pela modificação da frontaria da igreja, pela construção do escadório com as suas capelas e pela feitura da sacristia.
Encerrou-se, em 1834, com a extinção das ordens religiosas, o ciclo monástico e, no ano seguinte, o convento foi vendido a um particular.
Anacleto, R. 2005. Santo António dos Olivais: De Ermitério a Freguesia. Conferência na cerimónia comemorativa do aniversário da criação da freguesia.
Em torno de 1217-1218 chegaram a Coimbra os primeiros franciscanos, mendigos por voto, quiçá pouco cultos; o impacto causado na população, contrariamente ao que se diz e se tem escrito, não deslumbrou, mas o clarão da fé iluminava o seu rasto. O cabido cedeu-lhes a capela e o tugúrio e aí se instalaram precariamente, até que, cerca de 1247 abandonaram o local e transferiram-se para o convento de São Francisco da Ponte. Ainda durante a estada dos monges, o titular foi mudado para Santo António, falecido em 1231 e canonizado no ano seguinte.
Num qualquer dia do ano de 1219 entraram em Coimbra cinco franciscanos que, certamente, estanciaram algum tempo em Santo António; dirigiam-se para o Norte de África e “queriam esta coisa infantil e estupenda, a um tempo, alucinatória e heroica: serem mártires de Cristo!”. Conseguiram o seu intento.
Decapitação dos Cinco Mártires de Marrocos (Livro de Milagres dos Santos Mártires, séc. XV. Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra)
Nessa altura, encontrava-se homiziado em terras marroquinas D. Pedro, irmão de Afonso II que, não podendo ou não querendo regressar ao país, a fim de trazer os despojos dos cinco mártires, enviou a Coimbra com essa preciosa carga o seu fiel vassalo, Afonso Pires de Arganil. Como o capelão do infante era monge de Santa Cruz, as relíquias vieram para o mosteiro onde vivia Fernando de Bulhões que já tinha contacto com os frades franciscanos.
De acordo com as prescrições regulamentares das nascentes “Ordens mendicantes”, os irmãos deviam viver da caridade e a verdade é que, no início da instituição, este voto foi integralmente cumprido. Os primeiros frades que ocuparam Santo António tinham grandes privações, minoradas, por vezes, pelos seus irmãos pedintes, que desciam a esmolar humildemente até aos bairros da cidade, trazendo dali, sobretudo do opulento Mosteiro Real de Santa Cruz, alguns meios de conforto para as suas refeições frugalíssimas.
Fernando de Bulhões havia sido designado para desempenhar as funções de Reverendo Cónego Porteiro, cargo que implicava a obrigatoriedade de, como constava do regulamento, distribuir esmolas; foi neste contexto que ele teve ensejo de falar, no seu Mosteiro, com os irmãos pedintes dos Olivais.
Portaria do mosteiro de Santa Cruz. José Carlos Magne. Planta topográfica da Praça de Sansão. Pormenor. 1796
Identificar as relíquias chegadas de Marrocos, relacioná-las com os frades mendigos dos Olivais e apaixonar-se pelo ideal franciscano que passava pela busca do mundo eterno e pela doação total de si mesmo, foi obra de um momento.
E um dia, os franciscanos dos Olivais que iam mendigar à portaria de Santa Cruz regressaram com mais um companheiro.
Percorreram um caminho entre muros e verduras: saíram do terreiro de Santa Cruz, subiram a rua das Figueirinhas, passaram a Fonte Nova, a fonte do antigo bairro judaico, e continuaram a caminhar no lado poente da atual Sá da Bandeira, passando pelas traseiras da Associação Académica; desembocaram nos Arcos, que então ainda não existiam, mesmo ao lado da estrada que descia das portas do Castelo.
O trajeto, a partir daí, começava a ser mais arejado. Da garganta dos Arcos subiram à Eira das Patas e cortaram para Celas. Arrabaldes distantes da cidade, caminho longo conducente a mais do que pobre aldeia.
Os franciscanos, nesse dia longínquo do verão escaldante de 1220, traziam consigo mais uma alma, mais um prosélito do seu ideal e, ultrapassada a zona de Celas rapidamente atingiram o colo da colina, coroada pela capelinha que apresentava anexa, no alto do pequeno morro, o rude abrigo.
Foi precisamente nesse dia, igual a tantos outros, mas único para os Olivais, que Fernando de Bulhões ali chegou e mudou o seu nome para António.
O Santo conservou-se pouco tempo nos Olivais, partiu em demanda da África, talvez à procura de um martírio que não chegou, e, até mesmo os frades abandonaram o ermitério em 1247.
Anacleto, R. 2005. Santo António dos Olivais: De Ermitério a Freguesia. Conferência na cerimónia comemorativa do aniversário da criação da freguesia.
No início do século XIII o local onde atualmente se ergue a igreja de Santo António dos Olivais já era conhecido pelo nome de Olivais, mas ignora-se a partir de que data se agregou ao sítio o epíteto de Santo António ou Santo Anton. Tratava-se do António ou Antão, um ermita que tinha a sua capela numa zona deserta. O templo situa-se a nordeste da antiga cidade, assenta numa pequena elevação, domina subdivisões de velhos caminhos e pertence ao tipo dos “santuários dos altos”.
Santo António dos Olivais. Bilhete-postal antigo
A mais antiga referência documental que lhe diz respeito encontra-se na Vita Sancti Antonii, escrita no século XIII.
As grandes ondulações laterais dos terrenos antigos, integrantes do forte e largo maciço da meseta peninsular, a que se encostam rochas mais recentes, da época terciária, vêm morrer pela altura dos Tovins e o seu pregueado, a partir daí, vai-se desdobrando em curvas menos acentuadas e em alturas cada vez menores.
Desses mesmos Tovins desenvolve‑se uma linha de cimos que, elevando‑se em São Sebastião, tem o ponto dominante na igreja de Santo António. Corre depois pela Cumeada até ao Penedo da Saudade, descai à garganta dos Arcos e sobe, para o alto do antigo castelo. Ergue aí a cabeça como que a despedir‑se das serras de onde veio e passa a olhar o rio em que se vai sumir, quer deslizando pelas linhas do morro da Sé Nova, quer pelas da antiga alcáçova real.
Do ponto de vista geomorfológico, Santo António nunca foi um ermo perdido, pois situava-se num local obrigatório de passagem para os que, descendo do Roxo ou do Agrelo, buscavam os vales húmidos de Coselhas ou do Calhabé. Os caminhos trilhados hoje, coincidem, grosso modo, com os de outrora e as linhas naturais de trânsito vinham dividir-se na base do pequeno morro da igreja: a principal, cortava ao lado para nordeste, descendo a calçada e a outra, voltava-se para noroeste.
Certamente que, também e desde sempre, o morro arredondado se impôs ao espírito religioso, até porque os altos são, naturalmente, pousadouros de culto, sítios que o homem consagra à divindade, talvez porque assim lhe pareça que se aproxima mais de Deus. Neste contexto, não se mostra despiciendo tentar desvendar qual teria sido a latria que acampara neste cimo, antes de se haver erguido a capelita de Santo António ermita.
... a charneira dos séculos XII-XIII não funcionou como um começo, mas como uma continuidade, pois luso-romanos e visigodos já ali devem ter feito subir as suas preces ao Ser Supremo.
Nos primórdios da nacionalidade existiu nesta pequena e destacada elevação uma capelinha dedicada a Santo António, o ermita, e, ao lado, erguer-se-ia um tugúrio para o ermitão, certamente homem pobre, sem recursos, que se prontificava a guardar o oratório a troco de alguma esmola e de um teto que o protegesse das intempéries.
O conjunto pertencia ao cabido catedralício, tal como acontecia com um outro modesto templo, o do Espírito Santo, que se erguia um pouco mais abaixo, logo ali no vale; a este, nem mesmo os brasões de D. Fernando e de Leonor Teles, apostos na fachada, lhe conferiam grandeza.
E se, a capela de Santo António marcava o cimo, a do Espírito Santo assinalava o talvegue penumbroso.
Anacleto, R. 2005. Santo António dos Olivais: De Ermitério a Freguesia. Conferência na cerimónia comemorativa do aniversário da criação da freguesia.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.