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É já amanhã, 6.ª feira, que no Arquivo da Universidade de Coimbra, partir das 18h00 que irá decorrer mais uma Conversa Aberta, esta dedicada à história do Instituto de Coimbra.
Folha de sala
A atividade desta academia ao longo dos anos reflete o pensamento de cada um dos seus presidentes, que foram personalidades influentes da história nacional, de Adrião Forjaz Sampaio a Orlando de Carvalho, passando por Bernardino Machado, Francisco Miranda da Costa Lobo e muitos outros. O Instituto ocupou diferentes espaços da Alta de Coimbra, dispondo de salas de reunião, uma biblioteca e gabinete de leitura e, a certa altura, um museu de antiguidades.
A revista O Instituto foi uma das revistas científicas portuguesas de maior longevidade, com 141 volumes publicados entre 1852 e 1981.
A palestrante será a Doutora Licínia Rodrigues Ferreira, Técnica Superior na Divisão de Promoção da Qualidade da Reitoria da Universidade de Coimbra.
Licínia Rodrigues Ferreira. Imagem acedida em https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid...
Como é habitual a entrada é livre e após a apresentação do tema, segue-se um tempo em que todos os participantes são convidados a apresentar os pedidos de esclarecimento que julguem relevantes.
Cartaz
Pedimos ajuda de todos na divulgação deste evento.
Obrigado.
Rodrigues Costa
É já de hoje a 8 dias – na próxima 6.ª feira, dia 31 de maio, às 18h00 – que no Arquivo da Universidade de Coimbra se realizará a antepenúltima Conversa Aberta do ciclo deste ano.
Conversa Aberta de 31 de maio de 2024, cartaz
Será dedicada à descoberta da história do Instituto de Coimbra, uma instituição a caminho de ser bicentenária – foi fundada em 1852 - e hoje demasiado desconhecida.
Daí a importância de lembrar à Urbe Conimbricense, o papel muito relevante que, ao longo dos seus 172 de existência, desempenhou em prol da divulgação do desenvolvimento científico aqui ocorrido, bem como na dignificação da nossa Universidade e, concomitantemente, da Cidade.
Será palestrante a Doutora Licínia Rodrigues Ferreira.
Conversa Aberta de 31 de maio de 2024, cartaz
A todos solicito a ajuda que for possível na divulgação desta Conversa Aberta.
Obrigado.
Rodrigues Costa
O Dr. Mário de Araújo Torres colocou mais uma pedra, a quinta pedra, no caminho que vem percorrendo na divulgação de obras sobre a história de Coimbra.
Caminho a todos os títulos louvável e muito meritório que passa pela reedição, acompanhada por comentários da sua responsabilidade, de obras há muito esgotadas. Redições por inteiramente custeadas.
Refiro-me, hoje, ao lançamento do livro Contributos para a toponímia da região de Coimbra.
Obra que Mário de Araújo Torres descreve da seguinte forma.
Prosseguindo a reedição de obras sobre a história da cidade de Coimbra e sua região, recolhem-se na presente coletânea um conjunto de textos relacionados com a toponímia conimbricense.
Trata-se de testos originariamente saídos em publicações periódica: os de José Leite de Vasconcelos e de Amadeu Ferraz de Carvalho na revista «O Instituto» em 1934, o de Vergílio Correia na revista «Biblos» em 1940, e o de Joaquim da Silveira na «Revista Lusitana» entre 1913 e 1941, tendo dos três primeiros sido extraídas separatas de reduzida tiragem, o que torna difícil o seu acesso à generalidade do público.
Apesar de esses textos partilharem diversificadas preocupações cientificas (arqueológicas, etnográficas, filológicas e etimológicas), em todos se recolhem importantes contributos para a toponímia de Coimbra e região.
Em complemento, reproduzem-se nas partes correspondentes à área do atual distrito de Coimbra, os dados constantes do «Numeramento do Reino de Portugal», ordenado por D. João III, em 1527, integrados nos registos das então designadas Comarcas da Estremadura e da Beira. Esse primeiro censo populacional feito em Portugal, documento fundamental para a história da demografia portuguesa, reveste-se de relevante interesse para o estudo da evolução da toponímia da região.
Pela minha parte fica um agradecimento público, o qual julgo partilhado por muitos outros conimbricenses.
Rodrigues Costa
A Academia Dramática, criada em 1836, onde alunos e professores preparavam e exibiam peças teatrais. Os estatutos da nova academia, aprovados em 4 de dezembro de 1840 … previam a existência de três conservatórios (Dramático, de Música e de Pintura), que passaram a designar-se Institutos e que se viriam a fundir numa única entidade conhecida por “Instituto”. Ao Instituto incumbia a realização de trabalhos literários e artísticos, sendo por isso constituída por indivíduos versados nas artes de declamação, música, pintura e literatura, na sua maioria lentes da Universidade de Coimbra.
Os atritos e afrontamentos que foram surgindo entre os membros do Instituto e os restantes elementos da Academia Dramática originaram uma dissensão, efetivada pela comissão que dirigia o Instituto em 1851.
… A nova sociedade académica foi iniciada a 3 de janeiro de 1852, com a aprovação em Assembleia-geral dos novos estatutos que declaravam como objetivos “a cultura das ciências, belas letras e belas artes.” Com a fundação do “novo” Instituto de Coimbra incorporou-se uma área vocacionada para a cultura das ciências.
Toda a história do Instituto de Coimbra se entrelaçou com a história da Universidade, não sendo possível “dar conta da vida desta instituição científica isolando-a da Universidade de Coimbra, onde as suas raízes vão colher constantemente a seiva que o vivifica, e a todo o momento lhe fornece novas e pujantes forças” (Lobo, 1937, p. 6). Alguns consideraram o Instituto de Coimbra um “rebento juvenil” da alma mater que era a antiga Universidade (idem, p. 9).
Primeira sala do Museu de Antiguidades do Instituto de Coimbra
… O Instituto de Coimbra compreendia três classes, que tinham de ser escolhidas pelos seus associados, designadamente: I Classe - Ciências morais e sociais, dedicada aos assuntos relacionados com a economia e o direito; II Classe – Ciências Físico-matemáticas, que englobava todas as ciências naturais e exatas; e III Classe – Literatura, belas letras e artes, composta pelas secções de literatura, literatura dramática e belas artes.
… A primeira reformulação dos estatutos originais, de 3 de Janeiro de 1852, surgiu nos já referidos estatutos de 1860. Em Assembleia geral de 4 e 7 de Junho de 1882 foram aprovadas alterações dos estatutos, onde se destacou a descrição da medalha de prata a ser usada pelos sócios efetivos. Esta teria a inscrição – Instituto de Coimbra 1852, de um lado e a insígnia da sociedade no outro, com a legenda Auro Pretiosior1, devendo ser usada suspensa de um duplo colar de prata.
Colar com a insígnia do Instituto de Coimbra
Desde o início, a publicação de um jornal científico e literário surgiu como a principal ferramenta de prossecução dos objetivos definidos para a nova sociedade académica.
Proveniente da primeira corporação científica do país (Sampaio, 1852, p. 1) O Instituto título atribuído à publicação, não se assumiu de modo nenhum como um periódico popular, mas antes como um meio de divulgar os trabalhos dos seus sócios entre os seus pares, mesmo que de áreas distintas, e um espaço de debate de ideias ao promover “diálogo entre intelectuais” (Xavier, 1992, p. 91).O Instituto. Jornal Scientifico e Litterario. Volume Primeiro. 1853
… A revista científica e literária O Instituto adquiriu, pela sua longevidade, singularidade no panorama nacional. Ganhou prestígio ao tornar-se uma obra de troca. Em 1935, O Instituto era permutado com mais de 200 periódicos nacionais e internacionais. Ao longo de 130 anos foram publicados 141 volumes, o último dos quais em 1981, prenunciando já o fim do Instituto de Coimbra. Em 1942, quando se publicou o centésimo volume de O Instituto, o Secretariado da Propaganda Nacional, órgão do Estado Novo, ofereceu uma lápide comemorativa descerrada na sede do Instituto de Coimbra, onde, ainda hoje, se pode ler: “Neste edifício tem a sua sede a mais antiga revista literária do país.”
Leonardo, A.J., Martins, D.R. e Fiolhais, C. O Instituto de Coimbra e a Ciência na Universidade de Coimbra. Acedido em 2018.11.12, em file:///C:/Users/Rodrigues%20Costa/Desktop/Blogue%20entradas%20a%20fazer/Instituto/Instituto%20de%20Coimbra.pdf
O Prof. Doutor Manuel Lopes de Almeida, ilustre Diretor da Biblioteca Geral da Universidade, propôs-se publicar o ‘Índice Ideográfico de «O Conimbricense»', organizado pela Biblioteca Municipal de Coimbra, da minha direção, já há anos a servir em volume datilografado.
Era sem dúvida um passo acertado, o da divulgação de um tal índice por assuntos, que a tantos estudiosos interessa manusear, para não ficar perpetuamente um exclusivo dos frequentadores da Biblioteca Municipal e dos que nela trabalham com permanência. Mas a esta biblioteca não tem sido possível acudir a tudo quanto deseja, obrigada a vazar em confinados moldes as suas ambições publicitárias.
Prontamente anuiu, portanto, e muito me honro de vir agora apresentar este trabalho que faz aparecer em público, e pela primeira vez, na realização de um ato de apreciável alcance cultural, as duas instituições bibliotecárias coimbrãs.
… Já noutro lugar tive ocasião de descrever a formação deste e de outros trabalhos congéneres a propósito dos índices de ‘O Instituto’, publicados em 1937, em condições análogas. Estas duas publicações periódicas, de géneros bem diversos, mereceram à Biblioteca Municipal um tratamento de exceção, mas igual para ambas, por terem a ligá-las traços comuns: publicações coimbrãs de destacada utilidade, contendo numerosos trabalhos de grande interesse. Por essa razão se organizaram os respetivos índices ideográficos, facultando-os ao público frequentador em volumes datilografados, enquanto não chegasse a hora de se poderem apresentar impressos.
… Produto de trabalho fragmentário de equipa em período de desemprego endémico, que permitiu chamar ao serviço numerosos assalariados … o ‘Índice’ agora trazido a público havia de ressentir-se desse mal de origem, logo exigindo um esforço de uniformização que não deixou de ser empreendido. Os anos foram correndo e em notas marginais se foram corrigindo inexatidões, aditando, suprimindo e alterando rubricas, e nele se fizeram transposições e se foram introduzindo todos os melhoramentos que a longa experiência foi aconselhando. E ainda agora, antes de se iniciar a impressão, para corresponder à boa vontade de quem a promoveu, foi novamente submetido a uma revisão severa e laboriosa.
É de justiça declarar que tanto aquele esforço unificador como a última revisão foram confiados à competência do 1.º bibliotecário José Branquinho de Carvalho, que dessa incumbência se desempenhou de bom grado, com aplicação e carinho dignos de apreço.
Loureiro, J.P. 1953. Prefácio de Índice Ideográfico de “O Conimbricense”. Suplemento ao vol. XXI do Boletim da Biblioteca da Universidade. Coimbra, Universidade de Coimbra. Pg. V e VIII
Transferência da Sé Episcopal para a Sé Nova
… o rei, através de uma carta assinada em Mafra a 11 de Outubro (de 1772) … fizesse “applicação da sumptuoza Igreja (atual Sé Nova) e de tudo o mais necessário que necessário fosse em benefício da Sé Catedral, que para ella deve ser transferida”.
Transferência da Misericórdia para a Sé Velha e instalação da Imprensa da Universidade e do Instituto
… o Marquês de Pombal, por Provisão de 15 de Outubro de 1772, concedeu ao provedor e irmãos da confraria da Misericórdia de Coimbra, até aí instalados na igreja de S. Tiago, o edifício da Sé Velha e destinou o claustro para nele ser montada, depois das necessárias adaptações, a Imprensa da Universidade.
…
A Universidade comprou, para o efeito, várias casas nas ruas da Ilha e do Norte, tendo construído, com desenho de Elsden, o edifício onde funcionou O Instituto.
Anacleto, R., 2009. Universidade de Coimbra: Primeiras Propostas Arquitetónicas da Reforma Pombalina. Separata das Actas do do IV Congresso Histórico de Guimarães. Do Absolutismo ao Liberalismo, pg. 15 e 31
Transferência da Sé Episcopal para a Sé Nova
… o rei, através de uma carta assinada em Mafra a 11 de Outubro (de 1772) … fizesse “applicação da sumptuoza Igreja (atual Sé Nova) e de tudo o mais necessário que necessário fosse em benefício da Sé Catedral, que para ella deve ser transferida”.
Transferência da Misericórdia para a Sé Velha e instalação da Imprensa da Universidade e do Instituto
… o Marquês de Pombal, por Provisão de 15 de Outubro de 1772, concedeu ao provedor e irmãos da confraria da Misericórdia de Coimbra, até aí instalados na igreja de S. Tiago, o edifício da Sé Velha e destinou o claustro para nele ser montada, depois das necessárias adaptações, a Imprensa da Universidade.
…
A Universidade comprou, para o efeito, várias casas nas ruas da Ilha e do Norte, tendo construído, com desenho de Elsden, o edifício onde funcionou O Instituto.
Anacleto, R., 2009. Universidade de Coimbra: Primeiras Propostas Arquitetónicas da Reforma Pombalina. Separata das Actas do do IV Congresso Histórico de Guimarães. Do Absolutismo ao Liberalismo, pg. 15 e 31
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