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No passado dia 15 de janeiro de 2016 tivemos ocasião de organizar uma visita à Igreja do Salvador em Coimbra guiada pelo historiador Nelson Correia Borges.
Ao iniciar a visita apelámos à necessidade urgente de reabilitar este monumento nacional.
Penso que no final dessa visita as numerosas Pessoas que nela participaram, reconheceram também tal urgência e necessidade.
Recordo que, conforme refere Joana Garcia, Técnica Superior de Arqueologia na Divisão de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal de Coimbra, a Igreja do Salvador é de origem medieval, mais propriamente da segunda metade do século XII e pertence ao segundo românico de Coimbra. Este templo terá vindo substituir outro mais antigo, cuja existência está comprovada pelo menos em 1064.
Numa das minhas habituais deambulações pela Alta tive ocasião de, ontem, fazer as seguintes fotografias:
Portal de 1179, pormenor 1
Portal de 1179, pormenor 2
Portal de 1179, pormenor 3
Parede lateral, pormenor 1
Parede lateral pormenor 2, com insultos ao Papa
Julgo que estas imagens evidenciam que se ultrapassou o limite da dignidade e do respeito pela História e pelas Pessoas.
Considero que os Monumentos Nacionais bem como as demais Autoridades não podem ficar indiferentes perante este ato do mais abjeto vandalismo.
E se isso não se verificar, ao menos se levante um clamor público capaz de obrigar a uma atuação adequada. No mínimo, a imediata remoção do lixo pintado nestas paredes.
Rodrigues Costa
Nota: Cópia deste alerta irá ser enviado, por email, às competentes Autoridades Civis e Religiosas, bem como aos Órgãos de Comunicação Social
A Igreja do Salvador, ou de S. Salvador como por alguns é referida, foi classificada como monumento nacional, há mais de um século, em 16.06.1910 e é, por certo, o monumento nacional menos conhecido da nossa cidade, uma vez que as circunstâncias têm ditado que a mesma só esteja aberta ocasionalmente.
Este monumento nacional é assim descrito por Nelson Correia Borges, na sua obra Coimbra e Região:
"… de fachada transformada no século XVIII, mas onde ainda avulta o belo portal românico que um letreiro indica ter sido mandado fazer em 1179 por Estêvão Martins. O interior mantém a estrutura primitiva, com altos pilares e colunas a sustentar o teto de madeira e a definir as três naves. As paredes encontram-se revestidas por azulejos historiados de meados do século XVIII, de fabrico coimbrão. A capela-mor tem um retábulo marmoreado do rococó de Coimbra, feito em 1746. Mais interessante é a capela colateral esquerda, pelo retábulo de S. Marcos, da década de 1540. Trata-se de mais numa obra de João de Ruão, de arquitetura muito sóbria e figuras calmas e bem proporcionadas.
Do lado sul do corpo da igreja foi aberta por volta de 1515 uma capela funerária de planta retangular, coberta por abóbada de nervuras, onde se contém o túmulo da fundadora."
Numa organização do blogue "Cromos", Personalidades e Estórias de Coimbra que conta com o apoio da
. Paróquia da Sé Nova
. Pelouro da Cultura da CMC
vai decorrer, no próximo dia 16.01.2016, sábado, às 11h00, com a duração prevista de cerca de 60 minutos, uma visita a este monumento, guiada pelo Senhor Professor Doutor Nelson Correia Borges, reputado especialista na obra de João de Ruão.
Esta visita é aberta não só aos membros dos "Cromos", bem como a todos quantos estejam interessados em conhecer detalhadamente um monumento de Coimbra que importa não só preservar, bem como divulgar e integrar nos circuitos turísticos da nossa Cidade.
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