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Localização |
Número de propriedades |
Madalena (corresponde a parte da atual Fernão de Magalhães … troço delimitado a Norte pela Rua da Moeda e a Sul pelo Largo das Ameias) |
8 |
Rua da Moeda |
7
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Rua dos Tanoeiros (troço da atual Rua Adelino Veiga) |
3 |
Rua dos Caldeireiros (troço da atual Rua Direita) |
1 |
Rua dos Piliteiros (entre a igreja de S. Tiago e o rio Mondego) |
1 |
Montarroio
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2 |
Rua de Coruche (atual Rua Visconde de Luz) |
1 |
Judiaria Velha (atual Rua Corpo de Deus) |
24 |
Rua Nova da Ferraria (“rua que se começa aa porta dalmedina e se vai finir na rua da moreira” … corresponderia à atual Rua Fernandes Tomás) |
20 |
Rua da Almedina (… na bibliografia consultada não existe qualquer referência à Rua da Almedina) |
15 |
Da sota, acima da Porta de Almedina ao adro da Sé
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4 |
Do adro da Sé aos Paços do Rei
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22 |
Dos Paços do Rei ao Castelo
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10 |
S. Gião (atual Rua das Azeiteiras) |
1 |
Total das propriedades inventariadas |
119 |
Composição das propriedades régias |
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Tipo de bem |
Número |
Casas |
87 |
Tendas |
9 |
Pardieiros |
8 |
Chãos |
9 |
Cortinhais |
4 |
Casa de falcoaria e pombais |
2 |
Total dos bens arrolados |
119 |
… verifica-se que a totalidade dos chãos referidos se situam extramuros: seis na Judiaria Velha, os restantes três dispersos pelas Ruas da Moeda, dos Tanoeiros e de Coruche. De cinco deles sabemos que foram casas, noutro teria existido uma tenda. O mesmo acontece com o grosso dos pardieiros contabilizando-se seis no Arrabalde e dois na Almedina … concluímos que à exceção de dois casos, todas as propriedades régias que nessa data se encontravam em ruína têm em comum a mesma situação geográfica: o arrabalde. Se procurarmos as causas da degradação destes imóveis surge-nos invariavelmente a mesma explicação: «… derrubados cando el rey Dom Anrique veio a este regno», que «jaz ora em campo por que foy destruída pola guerra» ou «… que queimarom os castelaaõs…»
O tombo descreve-nos que o raio de ação do exército castelhano por ocasião do cerco de Coimbra. A ausência de muralhas no arrabalde facilitou certamente o avanço do inimigo cujo rasto de destruição deixou vestígios desde a zona ribeirinha, na Madalena e Rua da Moeda, até aos muros da cidade, na Judiaria Velha.
Trindade, L. 2002. A Casa Corrente em Coimbra. Dos finais da Idade Média aos inícios da Época Moderna. Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra. Pg. 118 a 119, 124 e 125
O termo do primitivo concelho de Coimbra, abrangendo um vasto território, foi-se restringindo à medida que novas jurisdições independentes cercearam a sua. No último quartel do século XIV as muralhas citadinas eram ainda o centro de uma área tão extensa quanto as pessoas e mantimentos das regiões planas e não fortificadas aí encontravam refúgio em tempo de mister. Populações do termo e de fora dele, quando da invasão de Henrique II e em alguns apertos no tempo do Mestre, aqui se acolheram.
…
O município coimbrão, para obras de defesa, tinha autoridade sobre a vasta zona que protegia. Mas o limite geográfico da sua jurisdição específica situava-se aquém desta área, na extremidade de umas dez ou doze léguas já nos meados do século XIV… O alfoz desta cidade, em 1371, perde Ançã com seu “termo e terrentoreo” … Cantanhede, termo da cidade do Mondego, fica nas mãos do conde D. Álvaro Pires de Castro … o Rei de Boa Memória havia subtraído à jurisdição desta cidade Tentúgal (1417), Pereira, (1420) Anobra (1420), Cernache (1417) e Condeixa (1420) … Mira em 1448.
…
No livro de Vereações de 1533 ficou transcrita, por ordem alfabética, uma lista dos concelhos … Segundo este registo, o termo coimbrão estava dividido em pelo menos noventa e nove concelhos, localizando-se quarenta e cinco a Norte do Mondego. Tinha por limites extremos, ao norte Levira e Paredes do Bairro. Ao sul, Almoster
Oliveira, A. 1971. A Vida Económica e Social de Coimbra de 1537 a 1640. Primeira Parte. Volume I. Coimbra, Universidade de Coimbra, pg. 19 a 26, 30
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