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O antigo coralista Dr. Francisco José Jacob Neves salienta que o Coro D. Pedro Cristo ao optar claramente por incluir música antiga no seu reportório leva a que o coro continue a interpretar regularmente ainda os «Quatro Responsórios de Natal» de D. Pedro da Esperança, compositor da mesma escola. Nas largas dezenas de folhas de sala que o coro possui no seu arquivo vemos ainda obras dos cancioneiros tardo-medievais e maneiristas ibéricos e obras de todas as épocas até ao séc. XXI de compositores portugueses e estrangeiros.
… A influência musical e o gosto especial que o coro tem pela música de produção nacional tem também origem nas apostas do seu primeiro diretor que marcaram um estilo que ainda hoje se mantém. Quatro grandes compositores se destacam neste âmbito: o patrono do coro, D. Pedro de Cristo, o seu irmão e compositor Padre Manuel Faria, o professor e compositor Mário de Sousa Santos e o compositor e etnomusicólogo Fernando Lopes-Graça.
Concerto no Colégio de S. Teotónio em Coimbra. 16.03.1979. Op. cit. Pg. 201
Senhor de um grande historial o Coro tornou-se ao longo dos anos uma grande família com uma atividade notória e com uma intervenção musical, cultural e social muito significativa.
Não havendo registo sistemático e global de todos os concertos … foram levadas a cabo 670 atuações comprovadas … destas cerca de 35 foram no estrangeiro.
Digressão do Coro a França – Região da Alsácia. Março e Abril de 1980. Op. cit. Pg. 208
Apresentou mais de 350 obras de 72 autores nacionais e estrangeiros. Participaram nestas atividades cerca de 520 coralistas, aproximadamente entre 40 a 60 por ano,
Leonor Martins de Almeida, único elemento ativo desde a fundação do Coro, recorda de forma emocionada a vivência que nele se vive, salientando que ao mesmo tempo que o Coro se foi afirmando pela sua qualidade artística, o grupo foi-se tornando mais coeso, um verdadeiro grupo de amigos … Em particular, nos naipes geraram muitas amizades para a vida.
Recorda ainda como foi assegurada a continuidade. Inevitavelmente, a idade já um pouco avançada do nosso querido «Chefe», obrigou-o a procurar por vários momentos, uma alternativa para a sua substituição como maestro do Coro. A Cristina Faria surgia sempre com a alternativa óbvia, mas ela entendia não ser ainda o seu tempo e o «Chefe» lá se foi mantendo e, finalmente, em 2009, a Cristina acabou por aceitar ficar como maestrina, a pedido insistente do Coro e do seu Pai.
Concerto de Reis, no Conservatório de Música de Coimbra. 11.01.2020. Op. cit. Pg. 175
Via a Cristina Faria ainda criança, no início do Coro a deambular pela sala dos ensaios e, mais crescida, como soprano quando entrou para o Coro, em 1976. E que soprano! Uma voz belíssima … E agora ali estava ela, a dirigir o Coro, uma maestrina com muita «garra», com o seu estilo próprio.
Pereira, I.B., Pedro, I., Figueiredo G.T. Coordenadores. Coro D. Pedro de Cristo. 50 anos: memórias e história(s). 1970-2020. Coimbra, Coro D. Pedro de Cristo – Associação Cultural.
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