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Anteontem, terça-feira, dia 14 de junho, nos baixos do Seminário Maior de Coimbra, local onde Monsenhor Nunes Pereira teve a sua última oficina, foi inaugurada mais uma exposição temporária, a décima, relacionada maioritariamente com a obra do artista, subordinada ao tema “Santos da Casa [não] Fazem Milagres”.
Op. cit., capa
Op. cit., contracapa
“Tu és o início de um grande santo”, frase retirada do poema “Conselhos” que se encontra no seu livro de versos “Pedra d’Ara”, ao integrar o subtítulo da mostra, dá-lhe o mote.
A pequena brochura, com a reprodução de 19 das peças apresentadas, releva também os quatro padroeiros de Coimbra: S. Teotónio, S. António, Sto. Agostinho e a Rainha Santa.
Obviamente que no dia dedicado a Santo António, o Taumaturgo não podia deixar de estar presente, nem se podia olvidar que Fernando de Bulhões fez toda a sua formação no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, nem que foi nesta cidade que ele mudou o seu nome para António, com tudo o que esses dois episódios significam.
Op. cit., pg. 8
Op. cit., pg. 13
De entre as peças expostas, face à sua raridade no contexto da obra de Nunes Pereira, destacamos a que representa S. José a ensinar ao Menino Jesus a sua profissão de carpinteiro.
Op. cit., pg, 13
E uma outra que evoca o Rei David como santo e profeta.
Op. cit., pg. 17
A exposição teve como curadora a responsável pela Oficina-Museu Nunes Perira, Dr.ª Cidália Maria dos Santos, e foi apresentada pelo Reitor do Seminário, Padre Doutor Nuno Santos.
No ato inaugural estiveram presentes cerca de trinta pessoas, com destaque para o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra que, em breves palavras, manifestou, em seu nome e em nome dos munícipes do concelho, o regozijo por ver mais uma personalidade nascida naquelas terras serranas ser justamente homenageada.
Contrariamente, e tanto quanto nos apercebemos, não esteve presente nem se fez representar nenhuma Entidade oficial de Coimbra, cidade onde Monsenhor Nunes Perira viveu a maior parte da sua vida e onde, a par com o múnus apostólico, desenvolveu o seu engenho artístico.
Confirma-se, infelizmente, a velha afirmação: Coimbra é uma cidade madrasta para os seus filhos.
Rodrigues Costa
O projeto “Conversas Abertas”, iniciativa do blogue “A’Cerca de Coimbra”, com o apoio do Clube de Comunicação Social e do Arquivo da Universidade de Coimbra, depois de um interregno de cerca de dois anos motivado pela pandemia, vai ser retomado de hoje a uma semana.
Arquivo da Universidade de Coimbra, entrada pela Rua de São Pedro n.º 2, parte baixa e traseiras do edifício da Biblioteca Geral da Universidade
A sessão da próxima semana, a decorrer no dia 25 do corrente, 6.ª feira, a partir das 18h00, terá lugar na sala D. João III, do Arquivo da Universidade de Coimbra.
Pretende-se que seja uma singela homenagem ao conimbricense, por opção, que foi Mons. Nunes Pereira.
Monsenhor Nunes Pereira
Tema: Mons. Nunes Pereira. O homem, o sacerdote e o artista.
Palestrantes: Dr.ªs Virgínia Gomes (Técnica do MNMC) e Cidália Maria dos Santos (Curadora do Museu Nunes Pereira).
No âmbito desta Conversa Aberta o Arq.º António José Monteiro e o artista plástico José Maria Pimentel, farão a apresentação de uma proposta de monumento a Mons. Nunes Pereira a instalar junto à rua com o seu nome, em Coimbra.
Para esta sessão foram dirigidos convites aos Ex.mos Senhores Bispo de Coimbra e Presidente da Câmara, entre outras individualidades.
Xilogravura de NP
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