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Auto de posse do edifício do extinto Mosteiro desta cidade, com os seus pertences, dada à Câmara Municipal da mesma (11 de Setembro de 1839)
... nesta cidade de Coimbra, e no edifício do extinto Mosteiro de Santa Cruz ... aí se acharam reunidos o ilustríssimo presidente interino, fiscal e mais membros da Câmara Municipal da dita cidade ... apresentadas as cópias ... da Carta de Lei de trinta de Julho corrente, e mais duas Portarias ... tudo relativo à concessão que as Cortes Constituintes da Nação fizeram à mesma Câmara do edifício e seus pertences (e logradoiros) do extinto Mosteiro de Santa Cruz... o qual tem princípio no cunhal da Igreja de Santa Cruz, em frente da Praça de Sansão, e corre pelo lado do Norte seguindo pelo Bairro de Montarroio acima, e daí segue até ao sítio da Fonte Nova, continuando daí pelo Nascente por toda a estrada acima, vindo a terminar na Rua das Figueirinhas, junto da Igreja de S. João, que foi pertença do referido Mosteiro, e cujo recinto se acha cercado de muros, dentro dos quais se acham o pequeno laranjal, horta, encosta... assim como as antigas hospedarias, onde atualmente está a Administração do Correio, antigas Casas dos Moços Fidalgos que seguem até à Torre, Pátio e mais casas e dormitórios, com o respetivo claustro grande junto à Igreja, rodeado de capelas, com um chafariz ao meio, e outro ao lado, casas da antiga Botica, quintal pegado e jardim junto a este; e logo saindo pela horta acima, sempre, caminhando junto aos canos das águas até chegarmos às suas nascentes, quase ao cimo da mesma quinta, donde passam pelos ditos canos aos dormitórios do mesmo Mosteiro, e daí se conduzem ao chafariz do Pátio, por baixo da Torre dos Sinos, e do mesmo edifício com todos os seus pertences, pequeno laranjal, horta, encosta, casas, claustro, dormitórios, águas da quinta acima indicadas, tomou o mesmo ilustríssimo presidente interino, com o fiscal e mais membros da Câmara Municipal, para o seu Município, posse atual, civil e natural, mansa e pacificamente, abrindo, fechando portas, pondo as mãos pelas paredes, lançando terra ao ar, cortando ramos das árvores, e praticando outros possessório da Lei.
Câmara Municipal de Coimbra. 1958. Antigas Dependências do Mosteiro de Santa Cruz. Petição e Fundamentos. Separata do Arquivo Coimbrão. Vol. XV. Coimbra, Câmara Municipal. Pg. 24 e 25
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