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A' Cerca de Coimbra


Terça-feira, 16.02.16

Coimbra: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra

A primeira Assembleia Geral realizada em 7 de Abril de 1889 instituía, em Coimbra, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, dando cumprimento ao expresso nos estatutos apresentados no Governo Civil de Coimbra em 26 de Janeiro de 1889.
… Legalmente constituídos e com casa própria na Praça do Comércio, n.º 27-1.º, no prédio … onde estivera o Hospital de Todos-os-Santos – Hospital Real, os bombeiros deram jus ao seu entusiasmo.

… Adquirida a bomba, houve que arranjar espaço para a recolher. Desta forma nasceu o primeiro quartel-estação na Rua Adelino Veiga, então Rua das Solas, nos baixos do prédio do Recolhimento do Paço do Conde
… A estreia … aconteceu em 16 de Novembro de 1890 com um exercício geral na casa de José António Lucas, Praça do Comércio … em que se notou ordem e disciplina

… incêndio havido na Rua da sofia na noite de 18 para 19 de Julho daquele ano (1890) …pavoroso e medonho, que constituiu por assim dizer, o verdadeiro batismo dos Voluntários, fogo no prédio do «Caldas» e que pôs em risco os principais edifícios daquela artéria.

… em 1897 foram inauguradas as novas estações de serviço: Fora de Portas (hoje Rua da Figueira da Foz), estação designada, posteriormente, por estação da Rua da Sofia, e que estava instalada no Teatro dos Borras, Igreja de S. Pedro … outra em Santa Clara na fábrica de Peig Planas & C.ª … que cedeu gratuitamente o terreno.

… A maioria do material usado era braçal … Em 1900 adquiriram um breque (caro puxado a cavalos) a que foi atrelada uma bomba braçal.

… No aspeto de cobertura da Alta, os Voluntários tinham instalado na Rua dos Loios um quartel com material adequado a incêndios … Em 12 de Novembro de 1912 a Direção viu-se confrontada com o ofício de despejo … edifício dos Bentos, junto ao Liceu (nas proximidades do Aqueduto de S. Sebastião) acontecendo a mudança dos Loios onde funcionou o quartel durante vinte anos

.… adquirir, em 1923, o 1.º carro motorizado, o «Fiat» hoje uma relíquia.

… o prestigio … era notório. O Governo, em 1925, decreto de 22 de Agosto, concedera a condecoração de «Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada» pelos serviços prestados à sociedade. A imposição das insígnias ocorreu na Praça da República em 17/01/1926, com a presença de milhares de pessoas.

Nunes, M. 1998. Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, Das origens aos nossos dias. (1889-1998). Páginas para a história de Coimbra. Coimbra, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra. Pg. 33, 37 a 39, 45, 47, 57, 67, 73

 

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por Rodrigues Costa às 10:46

Segunda-feira, 15.02.16

Coimbra: os serviços de incêndios

 

O primeiro testemunho para a organização do serviço de incêndios na cidade, remonta a 13 de Março de 1781, quando … a Rainha D. Maria I concedeu ao juiz do povo autorização para que da receita do real-de-água se comprassem duas bombas para acudir aos incêndios.
O pedido … tivera origem na consequência nefasta de um violento incêndio, ocorrido em 22 de Novembro de 1778 que manifestou numas casas do bairro baixo (a Baixa) que arderam completamente e onde ficaram sepultadas três pessoas. Apesar do Mosteiro de Santa Cruz possuir, então, uma bomba de incêndios, havia dificuldade no empréstimo, pelo que se tornou indispensável oficializar o serviço, tornando-o público e da responsabilidade da autarquia.


… Em 1824, a Câmara encarregou … de tomar conta da conservação das duas bombas e de prover a construção de uma outra, esta com características que pudessem levá-la até ao interior das casas.
… Gradualmente, as vereações melhoraram o serviço, sobretudo a partir de 1836 … em 1858/59 … mandar construir uma nova bomba … além de duas mangas de salvação, um carro para a condução de uma pipa com água e, ainda, outro veículo com arcas para transportar areias … em 1872/73, provocou um grande incremento ao serviço de bombeiros com a aquisição de diverso material apropriado, construção de dois tanques de lona, compra de uma bomba de esgoto, execução de duas macas de campanha … em 6 de Julho de 1898, o serviço foi repartido em três secções e provido de um efetivo de quarenta militares, entre oficiais e praças. Denominada, depois, por Inspeção de Serviços de Incêndios, Corpo de Salvação Pública, Corpo de Bombeiros Municipais, adotou, finalmente, desde 1978, a designação de Companhia de Bombeiros Sapadores.
E os melhoramentos continuaram … que souberam traduzir na prática a necessidade de prover a corporação de meios e homens dinâmicos e conhecedores que fizeram uma corporação ativa e moderna ao serviço da população.

Nesta evolução do serviço de incêndios que acontecida em Coimbra, registe-se a fundação da Associação dos Bombeiros Voluntários, em 7 de Abril de 1889, com tentativas anteriores de criar um corpo de voluntários, em 1881, 1883 e 1884, que não resultaram, uma Associação que ajudou, sobremaneira, ao impulso e valorização da Corporação dos Municipais pelo dinamismo e saber que imprimiu ao seu trabalho.

Nunes, M. 1998. Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, Das origens aos nossos dias. (1889-1998). Páginas para a história de Coimbra. Coimbra, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra. Pg. 25 a 28

 

 

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por Rodrigues Costa às 21:20


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