Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Na continuação da entrada anterior, importa assinalar que, na época, a deslocação de parte da Academia até Tomar foi referida por “Tomarada” ou por “Entrudada”.
No texto que, como já se especificou, é da autoria de Joaquim Martins de Carvalho, um profundo conhecedor de Coimbra e do seu passado, surge a referência às “Escadas de Santa Cruz”, designação toponímica que eu, bem como outros apaixonados pela história da Cidade, desconhecíamos,
O restante trajeto percorrido pelos académicos não levanta grandes dúvidas e passaria por descer a Couraça dos Apóstolos, a atual Rua do Colégio Novo e no cimo da antiga Rua das Figueirinhas, agora “batizada” de Rua Martins de Carvalho, descer para Sansão.
O problema coloca-se neste local, pois talvez os jovens pudessem descer umas escadas do Mosteiro crúzio que iam desembocar na sua horta e eram utilizadas polos cónegos regrantes para, por uma passagem secreta de que ainda restam alguns vestígios, se deslocarem até ao Colégio de S. Agostinho.
Avento a hipótese de serem estas as referidas “Escadas de Santa Cruz”, e lanço o desafio a outros conhecedores da cidade para se pronunciarem sobre esta possibilidade.
O itinerário referido, desde que, na época, fosse possível utilizar as alegadas “Escadas”, permitiria aos dois grupos de estudantes em confronto entrarem, simultaneamente, em Sansão, uns pelo lado Norte e outros pelo lado Sul.
Fica a hipótese e o desafio.
Feito este parêntesis, prosseguimos com o texto que temos vindo a utilizar.
À noite reuniu-se a maior parte da academia no largo da Feira, e aí se espalhou a falsa noticia de que os habitantes do bairro baixo da cidade tratavam de se armar para os ir atacar no bairro alto. Os ânimos, que estavam excitados em virtude dos acontecimentos da tarde, mais se exasperaram com tal boato.
Sé Nova e Largo da Feira. Col. RA
Alguns estudantes menos prudentes, querendo ostentar força, e julgando-se vitoriosos dos acontecimentos da tarde, começaram a incitar os seus condiscípulos para virem ao bairro baixo, e assim mostrar que nenhum medo tinham. Não faltaram conselhos e pedidos para que se não efetuasse semelhante resolução: esses esforços, porém, foram inúteis. Mostrando-se alguns, ainda que poucos, estudantes resolvidos a vir ao bairro baixo, todos os outros os seguiram, uns por espírito de camaradagem, e outros até para evitar as cenas desagradáveis que podiam ocorrer. Desceram em número de perto de 600, parte pelo Arco de Almedina, e outra pelas escadas de Santa Cruz, juntando-se em Sansão.
Largo de Sansão, hoje Praça 8 de Maio. Inicio do séc. XX. Col. RA
Mal constou que os estudantes vinham ao bairro baixo, receou-se que se repetissem os excessos da tarde; e por isso resolveram-se alguns indivíduos, no caso de ser preciso, a repelir a força com a força. Ao mesmo tempo dizia-se, posto que infundadamente, que os estudantes queriam incendiar a cidade; e por isso quando eles desciam a rua do Cego para a praça, foram recebidos por algumas descargas, que lhes atiraram da esquina próxima da igreja de S. Bartolomeu, de que resultou ficarem alguns estudantes feridos, e corresponderem estes também com alguns tiros.
Reconhecendo a imprudência do passo que tinham dado, retiraram-se os estudantes para o bairro alto, dirigindo-se uma parte deles pela Portagem, onde a guarda lhes não consentiu que passassem para a Couraça de Lisboa, senão a dois de fundo. Assim o fizeram, terminando por essa noite os tumultos.
Na quarta feira de cinza correram boatos de que nesse dia haveria ainda maiores desordens. Em lugar, porém, dos sinistros acontecimentos que se receavam, tomaram muitos académicos a resolução de sair da cidade, dirigindo-se para Lisboa.
Os académicos participaram esta deliberação ao seu prelado, o qual não pôde fazê-los mudar de parecer; e por isso resolveu em conselho de decanos não mandar tocar o sino para as aulas, esperando ainda que se acalmasse tal estado de irritação.
Chegada a questão a estes termos, foi convocado o claustro pleno para confirmar a deliberação do conselho de decanos; porém, sendo chamado a assistir a ele o sr. governador civil, este instou e fez tomar a decisão de que houvesse aulas no dia seguinte e continuasse aberta a universidade.
Na quinta feira de madrugada, 2 de março, mais de 200 académicos se reuniram no largo da Feira, e dali marcharam para Lisboa, a fim de representar contra os habitantes de Coimbra.
Em cumprimento da resolução do claustro pleno, abriram-se as aulas, e os professores foram para as suas cadeiras; mas raros alunos compareceram, havendo classes em que faltaram totalmente os discípulos.
Os académicos que tinham saído de Coimbra caminharam a pé até Tomar. Aí os veio encontrar o sr. Roussado Gorjão, encarregado pelo presidente do conselho, duque de Saldanha, e pelo ministro do reino, Rodrigo da Fonseca Magalhães, de os persuadir a voltar para Coimbra. Os académicos acederam ás razões que lhes foram expostas, e pela maior parte vieram outra vez para esta cidade.
Pelo ministério do reino foi primeiro concedida aos académicos a faculdade de se apresentarem na universidade até ao dia 25 de março, para continuar as aulas, na certeza de que lhes seriam abonadas as faltas que desde o dia 28 de fevereiro tivessem dado nos exercícios escolares. Depois, em portaria de 17 de março, atendendo a que poderia haver alguns académicos ou muitos deles, que, tendo ido para as terras da sua naturalidade como o governo lhes permitira, ou por quaisquer outros motivos, não pudessem concorrer dentro do tempo prescrito para prosseguir nos seus estudos, á semelhança dos que de Tomar tinham regressado á universidade, foi-lhes prorrogado o prazo para se poderem apresentar até ás ferias da Páscoa.
Carvalho, J. M. Graves conflitos em Coimbra pelo entrudo de 1854. In: Apontamentos para a História Contemporânea, 1868: Coimbra, Imprensa da Universidade, pp. 241-248. Acedido em: https://drive.google.com/file/d/1v-_FRydFPXvB6h6mwq3J2w75ylFmkMsd/view?fbclid=IwAR3I0Zqi_2y3soFLcZe6r5fLsX-Q2qn4McLYJbRj10EtL39pkTqs53l7Oys
Dos festejos dos Carnaval de 1854 e dos incidentes então ocorridos, existem, como refere a publicação do Arquivo Histórico Municipal de Coimbra a que aludimos na entrada anterior, outras narrativas menos jocosas, mas mais rigorosas e minuciosas.
Tanto esta entrada, como as outras duas que se lhe seguem, servem-se da informação saída da pena de Joaquim Martins de Carvalho.
Joaquim Martins de Carvalho. Imagem acedida em: https://arepublicano.blogspot.com/2018/09/joaquim-martins-de-carvalho-1822-1898.html
Pelo entrudo de 1854 houve em Coimbra alguns acontecimentos muito deploráveis. Essas tristes ocorrências eram tanto mais para lamentar, quanto todas as pessoas prudentes reconhecem, que muito convém que entre os habitantes desta cidade e a academia reine a harmonia mais cordial.
Nos dias do carnaval os académicos entregavam-se aos costumados folguedos dos mais anos, arremessando ovos às pessoas que das janelas das suas casas presenciavam as mascaradas que transitavam pelas ruas. Aos habitantes da cidade desagradava este género de divertimento pelo incómodo e prejuízos que lhes causavam.
No domingo gordo, 26 de fevereiro, houve por tal motivo principio de desordem na praça de S. Bartolomeu, pelo que o prelado da Universidade, o sr. conselheiro José Manuel de Lemos, atual bispo de Coimbra, deliberou mandar rondar de dia, na segunda feira, pelas ruas da cidade, os empregados de policia académica, recomendando-lhes que usassem de todos os meios suaves e persuasivos para evitar as cenas do dia anterior.
Praça de S. Bartolomeu, hoje Praça do Comércio. Inícios do séc. XX. Col. RA
Os desejos do prelado foram em parte atendidos, dando-se, contudo, nesse dia a circunstância de ser a ronda académica recebida por alguns estudantes com vozerias e apupos.
Á noite um grupo numeroso de estudantes percorreu as ruas da cidade, dando vivas á independência académica e gritos contra os archeiros. Chegando as coisas a este estado, entenderam as autoridades que convinha como medida preventiva distribuir a pequena guarnição militar pelos principais pontos da cidade, a fim de acudir a qualquer conflito que pudesse aparecer, visto que os habitantes mostravam desagradar-lhes o procedimento dos estudantes.
Largo de Sansão, hoje Praça 8 de Maio. Desenho de José Carlos Magne. In: Monumentos, 25, p. 147. Praça de Sansão, 1796.
Ás três horas da tarde desse dia uma mascarada dava no largo de Sansão uma corrida de touros em caricatura. Estavam algumas famílias ás suas janelas, e nessa ocasião dos grupos dos estudantes partiram ovos para várias casas. Daí resultou que um individuo clamasse contra os estudantes, e, insistindo estes, arremessou-lhes da varanda uma panela de barro, não resultando, contudo, daí nenhum mal para ninguém. Os estudantes julgaram-se ofendidos por tal motivo; e os habitantes da cidade, pela maior parte artistas, que presenciavam o espetáculo na rua, tomaram logo um aspeto ameaçador, e daí resultou travar-se entre uns e outros altercação, que redundou prontamente em vias de facto.
Por maiores que fossem os esforços que algumas pessoas empregaram para apaziguar a desordem, o conflito continuou, as portas e janelas fecharam-se, e o terror espalhou-se por toda a cidade. Acudiu então o posto militar da antiga porta fidalga de Santa Cruz, que foi envolvido pela multidão, e não pode empregar a força para restabelecer a ordem.
Imagem onde são visíveis as portarias do Mosteiro.Pormenor do desenho de José Carlos Magne. In: Monumentos, 25, p. 147. Praça de Sansão, 1796.
Apareceu pouco depois o governador civil, que então era o sr. conselheiro António Luiz de Sousa Henriques Seco. S. Ex.ª empregando todos os esforços, conseguiu restabelecer a ordem naquele ponto, tranquilizando-se os paisanos, retirando-se os académicos para a Calçada, e entrando em formatura os soldados que tinham ali acorrido.
A desordem agravou-se de novo, quando pouco depois correram da Calçada a Sansão muitos estudantes, bradando vingança contra os paisanos. O tumulto prolongou-se logo pela rua da Sofia, a despeito dos gritos de ordem que soavam por parte das autoridades e outras pessoas.
A força militar do posto de Santa Cruz, vendo que o tumulto tomava um aspeto medonho, correu a marche-marche pela rua da Sofia, para separar os grupos dos tumultuários. Fazendo, porém, alto, foi logo envolvida pelos académicos.
Neste momento chegou o resto da guarnição disponível, que com a que estava não chegaria a 50 praças, e formou toda em linha. Conseguiu-se finalmente apaziguar a desordem na Sofia e Sansão pelos esforços do administrador do concelho, bacharel António dos Santos Pereira Jardim, e outras pessoas de influência que ali estavam, empregando-se particularmente o meio de mandar recolher os paisanos a suas casas, e dirigir para a Calçada os estudantes.
Parecia terminada a desordem, da qual tinham resultado alguns ferimentos, posto que leves; mas os estudantes, reunindo-se novamente na Calçada, continuavam a agredir os paisanos, deixando-se arrastar pela excitação, e não cedendo aos conselhos de algumas pessoas, entre as quais se contavam vários académicos, que tratavam de restabelecer o sossego.
Foi ainda necessário que o sr. governador civil marchasse com a força toda para a Calçada, para onde tinha já ido o sr. administrador do concelho, achando-se também aí o sr. presidente da camara, dr. Cesário Augusto de Azevedo Pereira, Aires Tavares Cabral, e outras pessoas, que tentavam dispersar os estudantes antes da chegada da tropa. Junto desta tinha o sr. governador civil exigido que marchassem também dois bedéis e alguns archeiros, a fim de reconhecer os estudantes que "estavam envolvidos na desordem”.
Logo que apareceu a tropa na Calçada, o ajuntamento académico, que estava defronte do Arco de Almedina, começou a gritar — fora os soldados! As pessoas empenhadas na pacificação correram para os soldados, rogando que se retirassem: e daí resultou que, aproximando-se os tumultuados da tropa, esta calou instintivamente baioneta, mas sem avançar, retida pelas instâncias do sr. governador civil, a fim de evitar derramamento de sangue; e pela mesma razão a fez recuar para o principio da rua do Coruche.
Alguns estudantes bateram então palmas, e a esta demonstração parou a tropa, por ordem do sr. Governador civil, para não ser exautorada a força publica.
Graças aos esforços pacificadores o tumulto dissipou-se, recolhendo a tropa a quartéis.
Carvalho, J. M. Graves conflitos em Coimbra pelo entrudo de 1854. In: Apontamentos para a História Contemporânea, 1868: Coimbra, Imprensa da Universidade, pp. 241-248. Acedido em: https://drive.google.com/file/d/1v-_FRydFPXvB6h6mwq3J2w75ylFmkMsd/view?fbclid=IwAR3I0Zqi_2y3soFLcZe6r5fLsX-Q2qn4McLYJbRj10EtL39pkTqs53l7Oys.
A Brotero é uma escola de tradições. Uma escola que nasceu do nada e cresceu, valorizando o Coimbra e o País ... Atenta à evolução do mundo exterior, sempre foi uma escola de vanguarda ... Uma escola-Escola, de todos os tempos, de sempre, porque sempre em luta consigo própria. Para servir.
... Desde o século XVIII que o ensino profissional – até aí quase inteiramente da responsabilidade das corporações de artes e ofícios e de organismos religiosos – mereceu a atenção dos governantes nacionais. Contudo, só após o Liberalismo e face à necessidade de resposta ao avanço da Revolução Industrial foram tomadas as primeiras medidas sérias com vista à sua implementação.
...Em Coimbra, este estado de coisas fez surgir, em 1851, a «Sociedade de Instrução dos Operários» e, em 1862, a «Associação dos Artistas de Coimbra», que, sob o patrocínio de Olímpio Nicolau Rui Fernandes, visava «a difusão do Ensino Geral e Técnico das Artes e Ofícios, propagando os conhecimentos de economia, industrial e doméstica, necessários ao aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, e promovendo em tais atividades o uso e introdução de novos maquinismos», e deu origem ... em 1878, a criação da «Escola Livre das Artes do Desenho», por iniciativa de António Augusto Gonçalves, a qual obteve da Câmara Municipal a cedência da antiga Casa do Senado, no andar superior da Torre do Arco de Almedina.
... por Decreto de 3 de Janeiro de 1884, o Ministro ... António Augusto de Aguiar, criou oito Escolas de Desenho Industrial, verificando-se com agrado que uma delas era em Coimbra – a atual Escola Secundária de Avelar Brotero.
... A 20 de Fevereiro de 1885, ou seja, cerca de um ano depois da sua criação a Escola de Desenho Industrial Brotero, ainda equipada com mobiliário emprestado pela Associação dos Artistas e sem material didático, encomendado na Alemanha ... iniciou atividades ... Matricularam-se cento e cinquenta e dois alunos (cento e quarenta e nove do sexo masculino e três do sexo feminino), com idades compreendidas entre os seis e os quarenta anos e, na sua maioria, profissionais: «alfaiates, canteiros, carpinteiros, empregados, funileiros, marceneiros, ourives, paliteiros, pedreiros, pintores de louça, sapateiros, segeiros, serralheiros, tipógrafos». A única disciplina lecionada no primeiro ano de funcionamento foi a de «Desenho Elementar». E apenas no período noturno, dado que, por falta de alunos, a Escola não teve aulas diurnas, tal como pelo menos nos seis anos subsequentes.
... Em 1889 ... o ministro Emídio Navarro elevou a Escola de Desenho Industrial Brotero a Escola Industrial.
... em 1914, ano a partir do qual a Escola passaria, em consequência, a Escola Industrial e Comercial.
... Nos finais do ano (1918) ... a Secção Comercial existente na Brotero foi-lhe retirada, para formar uma escola independente – a Escola Comercial de Coimbra, que, por não ter sede própria se estabeleceu no edifício da Escola (novamente apenas) Industrial, de Outubro de 1919 até Junho de 1920, data em que, por escassez de espaço, foi transferida para um andar na Rua da Sofia.
... em 1926 ... a 4 de Setembro ... foi decretada a integração da Escola Comercial de Coimbra na Escola Brotero, adotando esta – e por largos anos – a denominação de Escola Industrial e Comercial de Brotero .
... Em suma, a «Brotero», de início uma escola de modestas dimensões, foi ampliando e diversificando ao longo dos tempos o seu efetivo curricular com a introdução sucessiva de cursos profissionais tecnológicos e artísticos ... ligados a variadíssimas áreas, como Comércio, Serralharia, Mecânica, Serralharia Artística, Carpintaria, Talha (em madeira) e Marcenaria, Cerâmica, Vitrais, Eletrotecnia, Mecanotecnia, Construção Civil, Costura e Bordados, Mecânica de Automóveis.
Figueira, M. L. 2012. Escola Brotero. Memórias de Sempre. 2.ª edição revista e actualizada. Coimbra, Escola Secundária Avelar Brotero, p. 13, 17-20, 25, 28, 32
Durante muito tempo, pode mesmo dizer-se que ao longo de alguns centénios, o nível demográfico de Coimbra se manteve mais ou menos estável, embora tal não obstasse a que as pessoas tivessem necessidade de se abastecer. A fim de responder a esta precisão, aconteciam mercados e feiras: a Praça Velha, o fórum junto ao Arco de Almedina, o terreiro do Paço Real, e a Feira dos Estudantes, depois de 1537, eram os locais privilegiadamente utilizados para a sua realização. Contudo, depois de a Praça Velha se ter tornado exígua, alguns produtos, sobretudo aves e grãos, passaram a ser comercializados frente à igreja de Santa Cruz, no Terreiro de Sansão.
Estes três espaços (Praça do Comércio, Feira dos Estudantes e Terreiro de Sansão) mantém-se até à segunda metade do século XIX, mas, apesar das contínuas disposições camarárias que especificavam o local exato da venda de cada produto, as vendedoras amontoavam-se de modo um tanto ou quanto caótico …
A edilidade, algum tempo depois da extinção das ordens religiosas, tivera a noção da importância de que se revestia para a cidade a posse do mosteiro (Santa Cruz) e da cerca fradesca, até para que neste último espaço se viesse a construir um mercado público capaz de substituir, com vantagem, a dispersão dos vendedores.
Contudo, tornou-se necessário esperar por 1867 para que a nova praça, projeto mais do que modesto elaborado pelo engenheiro Everard, fosse, com pompa e circunstância, aberta ao público, depois de batizada com o nome de D. Pedro V.
A autarquia decidiu, em 1899, encarregar o arquiteto Silva Pinto de elaborar o projeto de uma praça pública destinada a ocupar o local onde se erguia a de D. Pedro V, mas esse estudo jamais saiu do papel e apenas o pavilhão destinado à venda do peixe se construiu, tendo sido inaugurado a 8 de Março de 1908.
Anacleto, R. 2010. Coimbra Entre os Séculos XIX e XX. Ruptura Urbana e Inovação Arquitectónica. In Caminhos e Identidades da Modernidade. 1910. O Edifício Chiado em Coimbra. Actas. Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra, pg. 153, 155
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.