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Era destinado aos «Freires das duas Ordens militares – de S. Tiago da Espada, com sede em Palmela e de S. Bento de Avis».
Para assento do edifício colegial escolheu-se um terreno que havia a Sul do Castelo, vindo por isso a denominar-se rua dos Militares a rua que, em continuação da Couraça de Lisboa, sobe do Arco da Traição e corre em frente da fachada ocidental deste Colégio, e beco dos Militares a viela que, partindo desta rua, ladeia por sul o mesmo edifício. Anteriormente aquela «rua» chamava-se de Alvaiázere.
O Colégio ficou com uma pequena cerca fora da barbacã, sobre a qual abriam as portas e janelas da fachada oriental. Um caminho estreito, que vinha do arco da Traição, separava a cerca dos Militares, da do Colégio de S. Bento. Tudo isto pode ainda hoje (em 1938) verificar-se.
Colégio dos Militares planta finais do séc. XVIII
Benzeu-se e assentou-se a primeira pedra no dia 25 de julho de 1615
... Este Colégio, ficava de modo particular sob a proteção real. Para que os freires conventuais de qualquer das duas Ordens pudessem ser admitidos ao Colégio, era necessário que já contassem, pelo menos, dois anos completos de religião, não tivessem mais de vinte e cinco, de idade, e não fossem de baixa estirpe. A lotação era de doze colegiais, sendo seis de cada Ordem.
Colégio dos Militares
... Extinto o Colégio em 1834, foi... mandado entregar à Universidade... 27 de Outubro de 1853, os lázaros, que havia dois anos estavam hospitalizados no edifício do Colégio de S. Jerónimo, passaram para o dos Militares.
Aqui se conservam até à atualidade (em1938)... integrando nas vastas instalações dos Hospitais da Universidade, deixando de ser hospital dos Lázaros.
Nota: O edifício foi, posteriormente, totalmente demolido para dar lugar à Praça de D. Dinis e ao Departamento de Matemática.
Vasconcelos, A. 1987. Escritos Vários Relativos à Universidade de Coimbra. Reedição preparada por Manuel Augusto Rodrigues. Volume I e II. Coimbra, Arquivo da Universidade de Coimbra, pg. 267, do Vol. I
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