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A' Cerca de Coimbra


Terça-feira, 06.10.15

Coimbra e os seus forais 1

Os forais primitivos

Anteriormente conhecera Coimbra vários documentos de carater foraleiro. O primeiro com essas características, embora não se possa considerar verdadeiramente um foral, data do ano de 1085, anterior, portanto, à fundação da nacionalidade, e foi concedido por Afonso VI de Leão, do qual dependia então o território do termo de Coimbra. Em 1111, novo foral foi outorgado à cidade, dado pelo conde D. Henrique e sua mulher D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques. E foi este, o rei fundador, que em 1179 deu a Coimbra uma nova carta de foral, que viria a ser confirmado em 1217 por D. Afonso II. Finalmente em, em 1516, um foral novo é concedido à cidade, agora pelo rei D. Manuel.

Andrade, C.S. Nota Introdutória, In Foral de Coimbra de 1516. Edição fac-similada. Coimbra, 1998, pg. 88

 

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por Rodrigues Costa às 09:40

Quarta-feira, 09.09.15

Coimbra, conflito entre Afonso II e o bispo de Coimbra

Pedro, bispo de Coimbra, depois de ter assistido ao IV Concílio lateranense (1215) voltara a Portugal. Aqui, não sabemos ao certo por que motivo, suscitaram-se entre ele e o rei sérias desavenças que levaram Afonso II a declarar-lhe crua guerra. Era o prelado de espíritos apoucados, e o terror obrigou-o a encerrar-se nos paços episcopais. Para o conservar ali como preso não foi necessário ao rei pôr-lhe guardas. Bastou dizer um dia, apontando para residência do bispo: «Aqui está o falcão e ali a garça; se a garça se mover, o falcão há-de apanhá-la». Desde então ninguém mais se atreveu a entrar no paço do bispo senão algum clérigo. Quando D. Pedro chegou a sair trazia as barbas crescidas e no ombro a cruz vermelha de cruzado. A sua inteligência começava já ou começou desde então a obscurecer-se, chegando por vezes a praticar atos de rematada loucura. Por este ou por outro motivo o rei deixou de persegui-lo, e ele submeteu-se a tudo.

Herculano, A.1987. História de Portugal. Vol. III. Lisboa, Circulo de Leitores, pg. 172

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por Rodrigues Costa às 11:55

Terça-feira, 08.09.15

Coimbra, início do reinado de Afonso II

Afonso, o herdeiro da coroa, contava vinte e cindo anos quando seu pai faleceu … Afonso II não podia ter sido educado (por razões de saúde), como Sancho I, nos campos de batalha.
… Todavia, apenas começou a reinar, Afonso II … tinha a peito um negócio não menos importante para ele do que o averiguar os agravos mútuos com os eclesiásticos … A prova de que, cedendo às circunstâncias, não fazia senão adiar a luta é que o chanceler de seu pai, o velho Julião, o qual, evidentemente, fora a inteligência que dirigira o duro braço de Sancho, longe de perder o valimento do novo monarca, recebia deste elogios … E, na realidade, à influência do chanceler poderemos sem receio de erro atribuir uma resolução que … se promulgou na assembleia de Coimbra (realizada em 1211) … Aí apareceram as primeiras tentativas de uma lei de amortização, isto é, de uma lei que combatesse o rápido incremento da propriedade eclesiástica, proibindo às igrejas o adquirirem novos bens de raiz, por título de compra

… Sobre a questão do privilégio do foro … tomou-se uma resolução média, determinando que nas causas das violências, injúrias e desafios os clérigos respondessem perante os respetivos bispos e nas causas sobre bens móveis ou propriedades perante os tribunais seculares.

Herculano, A.1987. História de Portugal. Vol. III. Lisboa, Circulo de Leitores, pg. 105 a 107

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por Rodrigues Costa às 21:52


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