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A denominação atual dos hospitais da Universidade compreende os anteriores hospitais de S. Lázaro, da Conceição e da Convalescença, ficou bem apropriada a este conjunto de hospitais.
...Em ofício de 21 de Outubro de 1772 o Marquês de Pombal participou ao reitor que tinha dado ordem ao corregedor da Cidade para a mudança do hospital ... mas só naquele dia de 19 de Março de 1779 se pode levar a efeito esta mudança ... (para o edifício dos Jesuítas, no angulo N.O., com entrada pela Couraça dos Apóstolos)
Alas do Colégio de Jesus onde inicialmente funcionaram os Hospitais da Universidade
... Naquela parte do edifício dos Jesuítas ficou desde então estabelecido o hospital da Conceição, que compreendia o antigo hospital da Convalescença; continuando a permanecer o hospital de S. Lázaro no seu primitivo edifício de Fora de Portas até 1836.
Aquele hospital da Conceição na Couraça dos Apóstolos, tinha capacidade regular para 68 doentes, com que se contou na sua primitiva construção, e ainda mesmo para 80, quando se improvisaram novas enfermarias
... Dando-se porém posteriormente grande acumulação em todo o hospital, a faculdade de medicina procurou remediar os seus inconvenientes, removendo as enfermarias de homens para o colégio de S. Jerónimo, por deliberação de 24 de Julho de 1838.
Colégio de S. Jerónimo. Portaria
... De 1846 a 1847 a acumulação de tropas na cidade, por efeito da guerra civil daquela época, deu lugar a que neste último ano se convertesse todo o edifício de S. Jerónimo em hospital militar ... a 22 de Outubro de 1847 ... os doentes militares em S. Jerónimo ... já eram em pequeno número ... fossem removidos para o hospital da Conceição, ficando desocupado o edifício de S. Jerónimo ... até 1851.
... 23 de Dezembro de 1852 ... já então se achava em obras a parte do colégio das Artes, que deveria receber alguns doentes do hospital de Conceição ... mudança dos primeiros doentes teve lugar nos dias 5 e 6 do mesmo mês de janeiro de (1853).
Colégio das Artes antes da adaptação a hospital
... Na sessão do conselho da faculdade de 21 de Outubro de 1853, foi presente a portaria do ministério do reino de 22 de Agosto do mesmo ano, que punha o colégio das Artes à disposição da faculdade de medicina, para o estabelecimento definitivo dos seus hospitais; e a portaria de 27 de outubro do dito ano, que ordenava a mudança do hospital de S. Lázaro, do colégio de S. Jerónimo para o colégio dos Militares, agregava ao mesmo tempo aquele edifício de S. Jerónimo ao hospital do colégio das Artes.
... Uma só administração reúne hoje (em 1882, data da publicação da obra aqui citada) aquelas três administrações, que por muitos anos se conservaram independentes; e os três antigos estabelecimentos ocupam agora quatro edifícios, interiormente comunicados, - o colégio das Artes, o colégio de S. Jerónimo, o Castelo, e o colégio dos Militares.
O edifício de S. Jerónimo acomoda os quartos particulares dos doentes que pagam o seu tratamento e dos estudantes subsidiados; uma enfermaria provisória de prisão, as repartições da secretaria e administração, a farmácia, e diferentes habitações de família para empregados.
No Castelo acha-se estabelecida a lavandaria; e há-de estabelecer-se a rouparia, a arrecadação do fato dos doentes, a moagem dos cereais e a padaria.
As moléstias internas, cirúrgicas e sifilíticas são tratadas no edifício do colégio das Artes, onde também se acha a repartição das parturientes; acomodando-se ainda neste mesmo edifício o serviço do banco e da aceitação dos doentes.
Os doentes de moléstias cutâneas e os lázaros asilados têm repartições separadas no colégio dos Militares, onde também se há-de estabelecer a repartição geral dos banhos, com o serviço de hidroterapia, inalações, etc.
Simões, A.A.C. 1882. Dos Hospitaes da Universidade de Coimbra. Coimbra. Imprensa da Universidade, pg. 51-52, 73-81, 3-4
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