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A' Cerca de Coimbra



Quarta-feira, 26.04.17

Coimbra e as suas Personalidades: José Barata

De seu nome completo José dos Santos Sousa Barata, foi sócio fundador e um dos primeiros e dos mais ilustres alunos da Escola Livre das Artes do Desenho fundada em 1878 por António Augusto Gonçalves de quem foi um discípulo dileto.

Joaquim Martins Teixeira de Carvalho refere ainda que foi aluno da Escola Brotero e discípulo de João Machado.

Na Exposição de 1884, expõe um busto da Vénus de Milo, estudo feito em pedra de Outil, obra que foi premiada.

A primeira grande obra conhecida em que participou data de 1886 e foi a casa neomanuelina da Rua do Corpo de Deus.

A partir de 1897 colabora na obra do que é hoje o Palace Hotel do Buçaco, sendo referido em O Conimbricense, de 8 de Julho de 1899 como um dos artistas que mais se têm distinguido pela mestria e perfeição com que têem executado delicadissimos lavores em pedra.

Em 1898, em parceria com João Machado e sob a batuta de António Augusto Gonçalves, interveio no restauro do pórtico principal da Sé Velha.

Em 1904, Joaquim Martins Teixeira de Carvalho refere-o como um dos artistas conimbricenses que trabalha nas obras do Palácio da Regaleira, em Sintra, afirmando, que lavra como nenhum outro artista portugues, em estilo manuelino

Em 1916 esculpiu a fonte do palacete Garcia (hoje Vila Marini).

José Barata. Palacete Garcia. Fonte  cor.TIF

Fonte do Palacete Garcia

 Em 1927 concluiu a magnifica pia batismal da igreja de Santo António dos Olivais.

José Barata. Ig. S. Anto. Olivais. Pia baptismal

 Pia batismal da igreja de Santo António dos Olivais

 No Despertar de 26 de Fevereiro de 1930 é referido numa nota necrológica: Decorador distinto do manuelino, tendo também executado diversas esculturas, deixou espalhada pelo país (Buçaco, Sintra, etc.) obras admiráveis de beleza e elegância. A pia batismal da paróquia de Santo António dos Olivais, a ornamentação de um prédio na Rua Alexandre Herculano e um jazigo em manuelino foram as suas últimas obras, revelando nelas o seu talento de artista, José Barata, pode também dizer-se, foi quem melhor interpretou o estilo manuelino.

Nota: Esta entrada só foi possível pela investigação e disponibilidade da Senhora Professora Doutora Regina Anacleto que, para a mesma, me cedeu as fotografias e as suas fichas referentes a José Barata.

O meu profundo agradecimento.

 

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por Rodrigues Costa às 22:02


13 comentários

De Anónimo a 09.12.2020 às 21:56

Boa noite João Santos.
Li as publicações neste blogue sobre o seu familiar, o canteiro José dos Santos Sousa Barata. Como Brasfemes foi outrora uma terra de canteiros, tal abordagem suscitou-me curiosidade e lancei um desafio a mim mesma na pesquisa de dados sobre este canteiro em particular.

Assim, partilho convosco, acrescentando novos dados aos aqui já mencionados, nomeadamente, na minha visita à sua sepultura:

O canteiro José dos Santos Sousa Barata encontra-se sepultado no cemitério de S. Paulo de Frades, Talhão nº 5, sepultura nº129.

Na lápide, em cantaria com símbolos alusivos às ferramentas dos canteiros (coincidentes com os da maçonaria), consta a inscrição " Á MEMÓRIA DE JOSÉ DOS S. S. BARATA NASCIDO EM 1860 E FALECIDO EM 1930.
OFERECEM SEUS FILHOS".

Eu tirei fotos para partilhar convosco, mas, a caixa deste comentário deste blogue não o permite.

Após esta descoberta, procurei o seu registo paroquial de batismo (1860), da freguesia de S. Paulo de Frades, mas, não encontrei. Ele seria natural do Dianteiro e da freguesia de S. Paulo de Frades? É uma dúvida que gostaria de ver esclarecida.

Como se chamava a sua esposa e seus descendentes?
Que famílias devo contactar no Dianteiro para obter respostas?
Tais dados poderão nos levar à descrição mais detalhada de tal canteiro.

Grata pela atenção.

Vitália Santos
E.mail: <vitaliasantos@gmail.com>


De Anónimo a 10.12.2020 às 12:56

Cara Senhora D. Vitália Santos
Obrigado pelo seu comentário.
Quanto à sua investigação sobre José Barata, aconselho que tente em Civil Online (mj.pt) consultar a certidão de óbito. A partir dos dados que aí recolher poderá no Arquivo da Universidade de Coimbra, consultar o assento do nascimento.
A alternativa é seguir o caminho que refere de procurar entre as gentes do Dianteiro
Quanto a incluir fotografias nos comentários sinceramente não sei como se faz, ou se é possível.
Caso não seja possível estou disponível para as publicar numa adenda à entrada inicial.
Obrigado
Rodrigues Costa

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