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A Fonte da Madalena encontra-se na Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, encostada a um muro de suporte a um dos terraços da Escola Jaime Cortesão ... na parte que corresponde a um dos torreões que ficam dentro desses mesmos terraços, já fora do sítio primitivo mas bastante próximo.
Era uma das fontes da quinta, na parte denominada Horta, que se alongava pelo vale do mosteiro de Santa Cruz.
“Faz enquadramento à fonte propriamente dita, um pórtico, simples e desadornado, de pilastras lisas dóricas, do séc. XVII. Assenta a meio do entablamento, o resto duma cruz (só a base inferior) ladeada de dois acrotérios, na perpendicular das pilastras.
A bacia em forma de concha fica já sob o piso do passeio, defendida por um resguardo em ferro forjado. Resta a parte superior, do séc. XVIII, datada de 1729 (ano da construção da fonte), formada por duas aletas, completadas duna pequena cornija, na qual se apoia um rótulo ornado de motivos barrocos em CC e grinaldas pendentes com folhas, flores e frutos. Nesse mesmo rótulo está gravada uma inscrição aludindo às lágrimas com que a padroeira da Fonte regava os pés do Senhor, bem como à corrente que ali brotava ... cuja tradução livre daria:
«Aquela (Magdalena) que de lágrimas
contrita banhou
os pés do Senhor.
rega com um rio de lágrimas
as plantas dos seus servos»
... A água da fonte da Madalena seguia, da nascente na própria cerca, diretamente para a fonte e foi entregue ao consumo público em 1839, quando foram abertas as novas ruas de comunicação para o bairro alto.
Lemos, J.M.O. 2004. Fontes e Chafarizes de Coimbra. Direção de Arte de Fernando Correia e Nuno Farinha. Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra. Pg. 31
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