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Soube hoje através de As Beiras.pt que Carlos Santarém partiu.
Fica aqui a minha despedida publica de um Amigo.
Carlos
Já se passaram alguns anos sobre o tempo em que, todas as semanas, nos encontrávamos para procurar soluções e resolver problemas. Umas vezes acertávamos, outras vezes decidimos de forma que se veio a mostrar menos conseguida. Mas trabalhamos sempre com lealdade e estima um pelo outro.
Depois a vida separou-nos. Segui, sempre e de longe, o teu labor, o trabalho em que ias, pacientemente, procurando descobrir mais e mais da história da nossa Coimbra.
Agora partiste e muito ficou por dizer entre nós. Resta-me dizer-te: descansa, finalmente, em paz.
O velho amigo, Rodrigues Costa.
Carlos Santarém Andrade (Gouveia 1941-Coimbra 2023). Imagem acedida em www.asbeiras.pt/2023/01/faleceu-carlos-santarem-andrade/
É mais um Amigo que parte. As nossas vidas cruzaram-se quando ele era Chefe de Divisão da Biblioteca Municipal e eu Diretor de Departamento.
O trabalho em comum e o respeito mútuo geraram em nós uma amizade que persistiu mesmo quando a vida separou os nossos caminhos.
A Carlos Santarém ficamos a dever muitas entradas publicadas neste blogue, sobre trabalhos seus, nomeadamente os da série “Passear na Literatura”.
A parte final da sua vida, marcada pela doença, foi difícil, mas também foi um exemplo. Pesquisou e publicou quase até ao dia da partida.
Conimbricense por adoção foi Autor de uma vasta bibliografia que iniciou, ainda com estudante como redator da “Vértice”.
Dessa extensa bibliografia, em que Coimbra estava quase sempre presente, destacamos seis obras onde a mesma é ainda mais visível:
Coimbra na Vida e na Obra de Camilo Castelo Branco, capa. 1995
A Coimbra de Eça de Queirós, capa. 1995. Imagem acedida em www.wook.pt/livro/coimbra-de-eca-de-queiros-carlos-santarem-andrade/44831
A Envolvência Coimbrã de Régio e Nemésio, capa. 2001. Imagem acedida em https://www.bing.com/images/search?
Coimbra e a República. Da propaganda à proclamação, capa. 2022, www.wook.pt/autor/carlos-santarem-andrade/8542/122
Obras a que juntamos: Os dias de Coimbra na Criação de Miguel Torga, 2003; e Coimbra à Minha Procura: O Percurso Coimbrão de Ruben A. 2005.
Para além das palavras do Senhor Vereador da Cultura, fica a faltar a homenagem que Coimbra e, nomeadamente, o seu Município lhe deve.
Nesta singela homenagem fica o clamor, na esperança de que Coimbra não continue a ser madrasta para aqueles que se destacaram no seu engrandecimento.
Até sempre Carlos Santarém Andrade.
Rodrigues Costa
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