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A urbe mondeguina, que durante séculos vivera num apertado perímetro, devido à explosão demográfica e a um certo crescimento económico, rompe os limites tradicionais e alastra pela antiga quinta dos frades crúzios.
A Quinta foi comprada a um particular pela Câmara Municipal, em Janeiro de 1885 que pagou por ela 22.000$000 réis, mas, dois anos depois, na sessão de 17 de Fevereiro de 1887, “Resolveu fazer venda da Quinta de Santa Cruz, caso se apresente ensejo, com vantagem para o município”. Felizmente que a minoria republicana se opôs e o negócio não se efetivou (Resistencia, 228, Coimbra, 1897.05.29).
Em 1889 a zona já possuía um incipiente projecto de urbanização e iniciou-se a venda dos primeiros lotes de terreno destinados à construção de habitações. O local começava a alindar-se, mas não responde cabalmente às necessidades e o Bairro do Penedo da Saudade surge timidamente.
Em 1904 o engenheiro Augusto Barbosa é encarregado pela municipalidade de elaborar o projeto.
Silva Pinto desenha a casa do Doutor Ferrand Pimentel de Almeida, a construir na Avenida Dias da Silva e Raul Lino aproveita para expor os seus trabalhos no Instituto de Coimbra “em virtude de se estar a programar o Bairro do Penedo da Saudade, onde ficam muito bem prédios daquele tipo”.
Casa do Doutor Ferrand Pimentel de Almeida
Quase logo de seguida começa a falar-se no desenvolvimento do chamado Bairro da Cumeada, em Celas, mas o seu crescimento tarda e só bastante anos depois experimenta um verdadeiro surto de progresso.
A Universidade, a Câmara Municipal e alguns particulares utilizam os seus serviços. A primeira, a partir de 28 de outubro de 1913, passa a pagar-lhe mensalmente 5$00 “por ser o superintendente das obras”
Anacleto, R.; Poilicarpo, I.P.L. O arquitecto Silva Pinto e a Universidade de Coimbra, em Universidade(s). História. Memória. Perspectivas, vol. 2, Congresso História da Universidade. 7.º centenário. Coimbra, 1991, p. 327-346.
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