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José Régio
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Ai sombras da Torre de Anto
BALADA DE COIMBRA
- Do Pendo da Saudade;
Lancei os olhos além,
Meu sonho de eternidade
Com saudade rima bem …
Ai sombras da Torre de Anto,
Do Convento de além rio,
Dos muros brancos do Pio
De Santo António a cismar,
Que é de outras sombras que à tarde
Convosco se confundiam,
E ao ar os braços erguiam,
E as mãos abriam no ar …?!
(Sem saber para onde iam,
Aonde iriam parar?)
- Penha da Meditação …
Silêncio que paira em tudo
A terra e o dão a mão
Num longo colóquio mudo…
XXX
Manuel Alegre
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Todos os dias sob os Arcos do Jardim
ARCOS DO JARDIM
Todos os dias sob os Arcos do Jardim
Todos os dias eu passava e nunca via
senão arcos e arcos entre o não e o sim
senão arcos e ogivas de melancolia.
Eram arcos no ritmo e na palavra
por dentro da sintaxe e em cada imagem.
Todos os dias sob os Arcos eu passava
todos os dias para a outra margem.
Eram arcos na rima e não havia
senão arcos grades e arquitraves.
Mas eu passava sob os Arcos e partia
todos os dias eu partia com as aves.
Encantada Coimbra. Colectânea de Poesia sobre Coimbra. Organização e Nota Prévia de Adosinda Providência Torgal, Madalena Torgal Ferreira. 2003. Lisboa, Publicações Dom Quixote. Pg. 37, 94
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