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Extrato de uma comunicação apresentada no ciclo de conferências comemorativo dos 900 anos de Almedina.
Coimbra. Alta. 1930. Foto Varela Pècurto
A Alta era um bairro, se assim lhe chamarmos, maioritariamente pobre. Muitas das casas eram pequenas para tantos filhos e com muito pouca privacidade, não tinham eletricidade e utilizavam-se, habitualmente, bacios e latrinas.
Ali conviviam, basicamente, três grupos sociais.
O primeiro grupo era o dos donos das grandes casas de famílias de nome conhecido e posses mais ou menos alargadas que incluía alguns Professores da Universidade.
Casa da Família Costa Lobo
Casa do Professor Doutor Costa Pimpão
O segundo grupo eram os estudantes que tanto viviam em Republicas
República dos Kagados
Como em casas que alugavam quartos e ainda em pensões.
Casa da pensão da Aninhas, na Rua da Boavista
O terceiro grupo era os chamados salatinas. Uma mistura de empregados de escritório e de balcão, de funcionários públicos, de operários, de motoristas de táxi, de policias, vendeiras da praça e de artesãos das mais diversas profissões.
Ainda povoam a minha memória.
Quatro sapateiros. O Sardinha, na rua do Loureiro, era o sapateiro da Académica. Perto deste, na mesma rua, havia o sapateiro conhecido por Guilherme e na Rua de Sobre Ribas o Senhor Augusto.
Rua das Flores casa que foi do latoeiro
Latoeiros havia dois. O da rua das Flores que tinha um ramalhete de filhas para as quais os mais crescidos iam olhando. O outro era na ruas das Fangas.
Onde havia uma serralharia, há um bar … vá lá chama-se Bigorna
O Sr. São Bento – seria apelido ou alcunha? – era um serralheiro afamado, junto à Sé Velha, no início da Rua das Covas.
Rodrigues Costa (continua)
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