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Ao pesquisar no Arquivo Histórico Municipal de Coimbra os Títulos originais. 1835-1858, encontrei na página 159 uma escritura datada de 1852.03.08, na qual era dito:
Pelo presente de cláro, q.e concedo licença a Camara p.º fazer huma rua, principiando a sua abertura da extremidade da ponte, lançando uma linha recta desde a quina da caza digo do Mirante do Fidálgo, ate a quina das cazas de Manuel do Vál; e do lado da Ponte tudo até ao cais.
Sendo óbvio que a localização do referido Mirante era na Portagem colocou-se a questão de saber qual a rua que a Câmara estava a abrir. Existiam três hipóteses: o início da Estrada da Beira; o princípio da futura Avenida Navarro; ou uma qualquer outra rua.
Feita uma pesquisa nos Anais do Município de Coimbra, foi possível esclarecer a questão.
Assim na entrada referente à Sessão de 1882.04.16, era referido:
Dada a cedência feita ao Município por José Fortunato Góis Mendonça Pereira de Carvalho de um terreno que fica em linha recta tirada do Mirante dos Fidalgos da Portagem até à esquina das casas de António do Vale, no Beco do Forno, manda-se naquele terreno abrir uma rua que da Ponte vá à Rua do Sargento-Mor. (Silva, A.C. 1972-1973. Anais do Município de Coimbra. 1840-1869, p. 221).
Mas adiante, na página 223, na legenda de um pormenor de uma fotografia da Portagem acrescentou Armando Carneiro da Silva: Mesmo no enfiamento da ponte o «mirante dos Abreus». À direita do encontro da Ponte o «Cais do Cerieiro» e para a esquerda o «Cais das Ameias».
Em conclusão. A rua que então se pretendia abrir era o início da atual Rua da Sota e o Mirante do Fidalgo ou dos Abreus estava localizado no espaço que é hoje o Largo da Portagem e que então tinha uma dimensão muito menor.
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