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Cumpre-se hoje um ano sobre o dia 13 de Maio de 2015 em que iniciei a publicação regular, nos dias úteis, de entradas sobre temas relativos à nossa Cidade, neste meu blogue A’Cerca de Coimbra.
Entradas que têm vindo a ser por mim partilhadas nos blogues: “Cromos”, Personalidades e Estórias de Coimbra; Coimbra Antiga; e Coimbra Antiga Coimbra Moderna.
Mais recordo que, passada uma semana sobre a referida data, tempo considerado como o de um necessário período experimental, depois de explicar as razões pessoais que me tinham levado à criação do blogue, afirmei que gostaria de ter a opinião dos eventuais leitores sobre o trabalho que me propunha realizar, o qual foi assim caracterizado: recolher referências à cidade do Mondego existentes em obras publicadas e divulgá-las utilizando os recursos que as novas tecnologias disponibilizam.
Apelei, então, à participação de todos aqueles que o desejassem, na observância das seguintes regras essenciais:
- Respeito escrupuloso pelo tema único do blogue, delimitado ao período que vai dos tempos iniciais até ao final do século XX;
- Entradas tão breves quanto possível;
- Indicação clara e expressa das fontes utilizadas;
- Respeito pelas regras da propriedade intelectual, nomeadamente, no que concerne à utilização de imagens.
Tudo, se enquadrando na procura do objetivo fundador: o da divulgação da história de Coimbra.
Deste modo, à primeira entrada que levou o título Aeminium é Coimbra, seguiram-se mais 255 entradas, as quais originaram algumas partilhas, alguns “gosto” normalmente sempre das mesmas Pessoas, 6 comentários e zero reações e participações.
Está, então, na hora de fazer uma reflexão sobre o caminho percorrido.
Reflexão que me leva a concluir que não obstante algumas palavras amigas que pessoalmente me foram transmitidas, os objetivos pretendidos não estão a ser atingidos pois a adesão, para além do muito reduzido número de Pessoas que habitualmente leem o que tem sido publicado, é bastante diminuta.
Como será fácil de compreender o ritmo de publicação a que me propus significa a exigência de um elevado ritmo de trabalho na seleção e preparação das entradas. Trabalho que embora me dê prazer e que eu próprio decidi, necessitava do ânimo dos seus eventuais leitores. O referido reduzido número destes, leva-me a concluir que o tema central do que venho publicando, só interessa a um número muito restrito de Pessoas.
Assim, é o respeito por esse número restrito de Pessoas que me leva a não tomar a decisão talvez mais ajustada – a do encerramento do blogue – e a optar, pelo menos para já, pela redução do número de entradas para duas por semana, em princípio às 3.ªs e 5.ªs feiras.
É evidente que mantenho e reforço o apelo inicial para a participação na atividade do blogue de todos aqueles que o desejem.
Tudo isto na certeza de que me vou continuar a dedicar, enquanto tiver força e jeito, a projetos que tenham em vista a divulgação da história da Cidade em que nasci e de que tanto gosto
Com a estima, do
Rodrigues Costa
Notáveis exemplares de Cerâmica Coimbrã … Trata-se do revestimento azulejar, setecentista, da época pombalina, de uma sala do antigo Paço Episcopal, edifício onde … 1911 se instalou o Museu Nacional Machado de Castro.
… Representam as cartelas destes painéis de azulejos os alçados dos edifícios universitários mandados fazer aquando da Reforma do Marquês de Pombal … são importantes estes azulejos: para a história do Paço Episcopal … para a história da Universidade, para a história de Coimbra, para a história da Arte.
… Situa-se a sala onde se encontram estes azulejos no 1.º andar do Museu, no ângulo Nascente-Norte do edifício antigo … Esta sala seria de «curiosidades» aquando da instalação do Museu.
… Havia numa sala do paço, feitos em azulejos todos os planos de todos os edifícios que mandou edificar em Coimbra para Universidade o marquês de Pombal …
… Estes azulejos, obra portuguesa, obra das olarias de Coimbra valiam para a história da arte em Portugal, eram um documento histórico de uma grande reforma … Supunha-se já então que os desenhos dos edifícios dos azulejos tinham sido copiados dos próprios projetos que serviram às obras pombalinas.
… Os desenhos das plantas e alçados dos vários edifícios da reforma pombalina são da autoria do então Tenente-coronel engenheiro Guilherme Elsden, o inglês diretor das obras da Universidade de Coimbra.
Encontram-se colocados em nove painéis de azulejos …
… a planta n.º IV do álbum representa a «Elevação Geométrica do Edifício destinado para as Sciencias Naturaes – Lado principal»…
… a planta n.º 5 representa o «Prospecto da obra nova do Museu, e edifício velho do Hospital na frente do lado septentrional…
…a planta n.º VII intitula-se «Spaccato cortado pelo meio de todo o edifício, e olhando para a frente principal» …
… a planta n.º XI designa-se «Elevação Geométrica do Laboratório Chymico. Lado principal» …
… na planta n.º XIX … representa-se a «Eelevação Geométrica da frente principal do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra».
… a planta n.º XXVIII, com a data de 1773, representa a Elevação Geométrica do Cabido da Sé.
Figueiredo, M.P. Da Cerâmica Coimbrã. Uns notáveis azulejos do Museu Nacional de Machado de Castro. In A Cerâmica em Coimbra. 1982. Coimbra, Comissão de Coordenação da Região Centro. Pg. 53 a 60.
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