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A' Cerca de Coimbra



Quinta-feira, 31.12.15

Coimbra. Rainha Santa Isabel, cronologia

Nasce a princesa aragonesa no apogeu da Idade Média, no século das últimas e mais brilhantes Cruzadas … Na Península os reinos então existentes combatem entre si para alargar os seus domínios … É o século da pregação de um dos mais puros modelos de doutrina cristã, S. Francisco de Assis.

RESENHA
1270 (11 de Fevereiro) – nasce em Barcelona ou Saragoça, D. Isabel, filha de D. Pedro e D. Constança de Navarra, então príncipes, futuros reis de Aragão e duques de Barcelona.

1281 (24 de Abril) – em Vide, onde se encontra D. Dinis, é ajustado, perante os embaixadores enviados por D. Pedro III de Aragão, o contrato matrimonial, oferecendo D. Dinis a D. Isabel como doação «propter nuptias» os senhorios de Óbidos, Abrantes e Porto de Mós, segura por doze castelos de arras.

1282 (11 de Fevereiro) – realiza-se em Barcelona, por procuração, o casamento de D. Dinis e de D. Isabel, que então não contava mais de doze anos.
1282 (fins de Julho) – chega a princesa D. Isabel a Trancoso, onde se encontra D. Dinis, então com 21 anos de idade, e aí recebem as bênçãos matrimoniais e se realizam as bodas nupciais.
1282 (15 de Outubro) – chega a Coimbra o casal régio, que se apeou na cerca de Santa Maria de Celas e aí se preparou para dar solenemente entrada na cidade.

1287 – nasce a infanta D. Constança, tendo a rainha 17 anos de idade.

1287 (13 de Dezembro) – D. Isabel desloca-se a Badajoz para tentar harmonizar D. Dinis e seu irmão D. Afonso na luta familiar que então existia entre eles.

1292 (8 de Fevereiro) – nasce em Coimbra o infante D. Afonso, tendo a rainha 20 anos de idade.
1297 (12 de Setembro) – encontro em Alcanises dos reis de Portugal e de Castela para celebrarem contrato de paz e acordarem, enfim, o matrimónio da infanta D. Constança com D. Fernando IV de Castela, tendo tido neste litígio e neste acordo a rainha D. Isabel influente papel…
1298 (21 de Janeiro) – D. Dinis confia a D. Isabel, numa demonstração de grande apreço, que por sua morte seja ela a tutora e a governanta das riquezas e das propriedades de seus filhos bastardos.

1299 (8 de Abril) – D. Dinis faz o seu testamento em Santarém nomeando a rainha sua primeira testamentária.

1300 – intervenção de D. Isabel nas lutas que se desencadearam entre D. Jaime II de Aragão, irmão da rainha e de D. Fernando IV de Castela, alcançando que os dois monarcas firmassem em Campillo um tratado de paz e amizade.

1307- manifesta o desejo e decide D. Isabel fundar em Coimbra o mosteiro de Santa Clara no local, então abandonado e quase em ruínas, onde D. Mor Dias havia primitivamente erguido o seu mosteiro

1311 – intervenção de D. Isabel junto de D. Fernando IV de Castela, seu genro, o qual tendo chegado à maioridade não quer reconhecer a validade do tratado de Alcanises …
1312 – começo dos amuos entre o infante D. Afonso e seu pai, o rei D. Dinis, a partir dos quais D. Isabel assume, desde logo, o papel e medianeira e pacificadora.

1316 – é lançada a primeira pedra do convento de Santa Clara e de Santa Isabel.
1317 (24 de Julho) – instalam-se as primeiras religiosas no convento de Santa Clara, ainda inacabado.

1322 (7 de Março) – D. Dinis põe cerco a Coimbra. O infante logo que disso tem conhecimento apressa-se a acudir à cidade e D. Isabel para evitar o choque entre seu marido e seu filho, transgredindo as ordens terminantes do rei, sai de Alenquer e corre às terras de Entre-Minho-e-Douro a implorar a seu filho que evite o recontro com seu pai, desistindo de qualquer luta e se subordine à vontade real. Não conseguindo junto do filho os seus intentos dirige-se a seu marido conseguindo que este levante o cerco à cidade e se retirasse para Leiria …
1323-24 – de novo o infante D. Afonso abre guerra a seu pai partindo de Santarém, onde residia, contra Lisboa, onde estava o rei. D. Isabel, mais uma vez se apressa a evitar a luta, partindo de Lisboa para o lugar da contenda, montando uma mula e indiferente ao perigo que corria, pois as hostilidades já haviam começado no campo Loures-Alvalade. É ainda devido à sua nobilíssima ação de «anjo da paz» que esta se alcança, definitivamente, entre seu marido e filho.
1325 (2 de Janeiro) – declaração feita pela rainha D. Isabel de desejar ser sepultada vestida com o hábito de Santa Clara, no mosteiro de Coimbra, e, se enviuvar, usar aquele hábito como sinal de viúva e de humildade, sem emissão de algum voto ou profissão.

1327 (22 de Dezembro) – faz D. Isabel o seu último testamento no qual manda sepultar o seu corpo no mosteiro de Santa Clara de Coimbra a meio do coro da igreja e no qual, mais uma vez manifesta o seu espirito de beneficência social.

1334 – Lisboa é sacudida e em parte arruinada por um tremor de terra. A rainha Isabel aí desenvolve uma notabilíssima atividade amparando e socorrendo com desvelado carinho as vítimas da catástrofe.
1336 – acende-se a guerra entre seu filho D. Afonso IV e seu neto D. Afonso XI de Castela. Perante tal calamidade, de gravíssimas consequências para o reino, D. Isabel sai do seu paço de Santa Clara em direção a Estremoz, onde se encontrava seu filho, para conseguir a paz.
1336 (4 de Julho) – morre em Estremoz a rainha D. Isabel, dias antes chegada a esta vila, esgotada da viagem e que aí cai gravemente doente.
1336 (11 de Julho) – o corpo da rainha dá entrada no mosteiro de Santa Clara de Coimbra.
1336 (12 de Julho) – D. Isabel é sepultada no seu túmulo.
1516 (15 de Abril) – breve do papa Leão X que beatifica a rainha D. Isabel.
1517 (4 de Julho) – é celebrada pela primeira vez em Coimbra a festa da Bem-aventurada rainha Santa Isabel.
1556 (21 de Janeiro) – o papa Paulo IV estende o culto da Rainha Santa, que estava confinado a Coimbra, a todo o território português.

1625 (25 de Maio) – o papa Urbano VIII declara Santa a rainha D. Isabel.
1677 (29 de Outubro) – faz-se solenemente a trasladação do corpo da Rainha Santa do antigo mosteiro para uma capela provisória do novo convento de Santa Clara.

1755 (25 de Fevereiro) – a Câmara Municipal de Coimbra elege a Rainha Santa Isabel Padroeira da Cidade.

Pinto, A. S. 1973. Cronologia da Rainha Santa Isabel. Separata do Arquivo Coimbrão, vol. XXVI. Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra. Pg. 1 a 13

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por Rodrigues Costa às 10:59


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