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O grande órgão de tubos da Igreja de Santa Cruz é um instrumento que pela sua idade, história e tamanho tem um lugar especial na organaria portuguesa. As partes mais antigas têm aproximadamente 480 anos. Foi construído ou teve intervenções de importantes organeiros (portugueses, espanhóis, flamengos) e possui 3 registos inteiros e 55 meios registos, num total de 2.920 tubos sonantes tendo na sua fachada um Flautado de 24. É, nas palavras de D. Dyonísio da Glória, em 1726 “este Órgão um monstruo de harmonia”.
A consola encontra-se na parte de trás do órgão, de forma que o organista não tem contacto visual direto com a ação litúrgica, mas por outro lado toda a superfície é aproveitada para colocar tubos. O instrumento, apesar de ter um só teclado, está subdividido em 4 secções, designadas pelos respetivos registos mais graves: órgão de 24, de 12 e de 6 (palmos), sendo a quarta secção de cornetas. As secções podem ser controladas através da entrada de vento nos someiros.
… Os trabalhos de restauro do instrumento tiveram lugar entre o verão de 2004 e a Páscoa de 2008. O objetivo foi devolver a este instrumento a sua integridade histórica, técnica, estética e musical, de acordo com o estado concebido em 1719-24 pelo organeiro Manuel Benito de Herrera.
O sistema de vento foi objeto de uma solução nova … Atualmente possui 3 foles novos, colocados atrás do órgão. Para além de funcionarem com motor, que lhe fornece o vento, é ainda possível manobrá-los manualmente
Rohden, P. G. 2015. Programa do Concerto. Órgão Histórico de Santa Cruz. Organista Paulo Bernardino. Realizado no domingo, 21.06.2015.
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