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João de Abbeville (Cardeal, legado do papa Gregório IX para a Península) tentava reparar os males morais do reino, no parlamento ou cúria solene convocada em Coimbra nos fins de 1228, e cuja reunião, talvez, em parte se deveria à sua influência, induzia o moço e inexperiente príncipe (Sancho II) a cuidar seriamente na repovoação de Portugal. Foi, pelo menos ele que naquela assembleia, em que se achavam juntos os prelados, os barões e a máxima parte da fidalguia, contribuiu principalmente para se tratar da restauração de Idanha-a-Velha, antiga sede do bispado egitaniense; restauração que indiretamente ia promover o aumento da população não só na Beira Baixa mas também no Alto Alentejo, para onde essa diocese se dilatava então.
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O poder achava-se nos princípios de 1229 definitivamente constituído, em grande parte com os elementos do reinado anterior, o que tudo indica ter-se devido à assembleia de Coimbra, onde não podiam deixar de patentear-se na sua nudez os danos que os bandos civis haviam causado ao reino. Durante este ano e o seguinte vemos Sancho dedicar-se especialmente à repovoação dos territórios mais próximos das fronteiras do Alentejo e aos preparativos para novas expedições contra os muçulmanos.
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Tomadas as providências para realizar o estabelecimento de novas colónias no Norte do Alentejo, o rei partiu (em 1232) de Coimbra e, dirigindo-se àquela província, abriu a campanha, renovando os melhores dias do reinado de Afonso I.
Herculano, A.1987. História de Portugal. Vol. IV. Lisboa, Circulo de Leitores, pg. 32, 34 e 51
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