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D. Teresa tinha-se apossado, segundo todas as possibilidades em 1116, de uma parte do território da Galiza, e com certeza era senhora de Tui e Orense no ano de 1119, em que os bispos daquelas duas dioceses seguiam a sua corte e confirmavam em Coimbra as mercês que ela fazia aos seus súbditos de Portugal. … Na assembleia de Oviedo a infanta dos portugueses tinha de certo modo definido a sua situação política relativamente a D. Urraca: a independência completa de Portugal, a sua desmembração da monarquia não estava consumada.
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Os escritores modernos … esqueceram-se de lhe fazer justiça como rainha ou regente de Portugal … Todavia, durante catorzes anos os atos da viúva do conde Henrique mostram bem a perseverança e destreza com que buscou desenvolver e realizar o pensamento de independência que ele lhe legara. Cedendo à força das circunstâncias, não duvidava de reconhecer, a supremacia da corte de Leão para obter a paz quando dela carecia. Associando-se habilmente aos bandos civis que despedaçavam a monarquia leonesa, ia criando no meio dela para si e os seus uma pátria. Apesar das invasões de cristãos e sarracenos e das devastações e males causados por uns e por outros nos territórios dos seus estados, estes cresceram em população, em riquezas e em forças militares.
Herculano, A.1987. História de Portugal. Vol. II. Lisboa, Circulo de Leitores, pg.57 e 79
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