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O Mondego não é apenas o mais importante dos rios nascidos em Portugal. É também o mais português por ter sido sentido e cantado por quase todos os grandes poetas portugueses …
«O Mondego (citamos Fernandes Martins), essa linha de água que, logo na origem, se vê ser ‘um rio de chorões e salgueirais’, talvez porque assim sucede, acorda nas almas – Portugal além – mesmo maquelas que nunca o viram, algo de inefável beleza, o ritmo doce de uma serenata!»
O grego Estrabão já se lhe refere, designando-o por Muliades. Munda ou Monda lhe chamaram os Romanos, enquanto Edrisi descreve o rio que banhava Colimbria, dando-lhe o nome poético e sonhador de Mondik. E já num documento de 946 do Mosteiro de Lorvão, surge a forma Mondeco, bem próxima da atual. Mas, nem uns nem outros foram os padrinhos, pois a raiz da palavra (Mond-) é seguramente pré-romana …
O Mondego, esse rio que dessedentou celtas, romanos, godos e mouros, foi também a linha de fronteira entra a cruz e o crescente, ao tempo da reconquista.
Borges, N.C. 1987.Coimbra e Região. Lisboa, Editorial Presença, pg. 18 e 19
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