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Decorrido o período experimental do A’ Cerca de Coimbra, um pedido e uma explicação.
O pedido: gostaria de ter a opinião dos membros dos Cromos sobre o trabalho que iniciei.
Uma explicação: a razão do A'Cerca de Coimbra que é a seguinte:
Nasci na Couraça dos Apóstolos na casa da Cerca, adossada à muralha, então, ainda perfeitamente reconhecível.
Cerca que foi construída no século XVII como espaço de lazer dos colegiais da Congregação de Santa Cruz, anexa ao Colégio Sapiência ou de Santo Agostinho e que foi o mundo da minha meninice, com as Capelas onde ainda se vislumbravam frescos, com os alegretes e os seus elegantes bancos em pedra, com o arruado ladeado pela extensa colunata, com o que restava do jardim com algumas flores e arbustos que só ali existiam, com a mina da nascente e com o sistema de recolha e armazenagem da água que vinha desde o Aqueduto de S. Sebastião.
Muito jovem, aos 16 anos, tive como primeiro emprego a responsabilidade de datilografar os difíceis originais do historiador de Coimbra Dr. José Pinto Loureiro, que rapidamente também me encarregou de fazer pesquisas, nomeadamente, nesse magnífico jornal que foi “O Conimbricense”.
Nasceu aí o meu gosto pela história de Coimbra.
Depois de um percurso profissional de mais de 56 anos, ao iniciar a última fase da minha vida, uma questão se me colocou: que fazer?
A opção mais óbvia foi a de fechar o ciclo e de regressar aos primórdios, ou seja de procurar conhecer – e dar a conhecer – dados sobre a história da minha Cidade.
São estas as razões que me levaram a concretizar, até onde a saúde e o engenho o permitirem, o projeto que ora torno público.
Não sendo historiador, resta-me a recolha e a divulgação das informações que vou coligindo, enquanto leitor compulsivo que sempre fui e continuo a ser.
Assim, o que me proponho fazer é recolher referências à cidade do Mondego existentes em obras publicadas e divulgá-las utilizando os recursos que as novas tecnologias colocam hoje ao nosso alcance, ou seja, através de um blogue intitulado A’ Cerca de Coimbra.
Neste blogue, desde o primeiro momento, são chamados a participar todos aqueles que o desejarem, desde que observem as seguintes regras essenciais:
- Respeito escrupuloso pelo tema único do blogue, delimitado ao período que vai dos tempos iniciais até ao final do século XX;
- Entradas tão breves quanto possível;
- Indicação clara e expressa das fontes utilizadas;
- Respeito pelas regras da propriedade intelectual, nomeadamente, no que concerne à utilização de imagens.
Tudo isto se enquadra na procura do objetivo fundador: a divulgação da história de Coimbra.
Assumindo, naturalmente, a função de administrador do blogue importa ainda referir as questões de ordem metodológica que se seguem:
- Necessidade de inscrição para a publicação de textos;
- Possibilidade de comentar os textos publicados;
- Catalogação dos textos de acordo com os seguintes princípios:
. Por Autores citados
. Por obras citadas
. Por assuntos, a partir da seguinte divisão temporal:
. Coimbra pré-histórica
. Coimbra romana
. Coimbra sueva
. Coimbra visigótica
. Coimbra árabe
. Coimbra leonesa
. Coimbra nos séculos XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX e XX.
Foi talvez o mesmo conservadorismo, aliado a uma certa passividade do metropolita da Lusitânia, que explica o facto de no III Concílio de Toledo não se ter restaurado a divisão provincial alterada pela obediência dos bispos de Coimbra, Viseu, Lamego e Idanha ao metropolita de Braga, em virtude da ocupação do território a norte do Mondego por parte dos Suevos.
…
A permanência da divisão provincial pode-se aproximar de uma relativa estabilidade também da rede de civitates, em grande parte porque estas eram geralmente sedes de episcopados. Mas aqui as alterações já se podem considerar mais significativas … referirei o caso de várias transferências de sedes diocesanas, como de Leão para Astorga no século V, de Meinedo para o Porto no século VI ou de Conimbriga para Emíno (Coimbra) no fim do mesmo século.
Mattoso, J. A época sueva e visigótica. In Mattoso, J. (Coordenador) 1997. História de Portugal. 1 Antes de Portugal, pg. 291 e 300.
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